Alerta do presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, D. Carlos Azevedo
“Só eliminando os caminhos tortuosos das consciências e dos sistemas financeiros, económicos e políticos se verá a luz da salvação” – disse D. Carlos Azevedo, Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral, na homilia de encerramento do Conselho Geral da Cáritas que hoje (6 de Dezembro) terminou em Fátima.
O crescimento do ordenado mínimo “é um passo essencial” – referiu. Na homilia – subordinada ao tema «Caridade crescente abre caminho à salvação» – proferida na Igreja da Santíssima Trindade e transmitida pela TVI, o presidente da referida Comissão Episcopal acrescentou ainda que se este crescimento “cria problemas a alguns, é a sua vez de os resolver, porque não é à custa do mínimo de dignidade que se ergue um verdadeiro desenvolvimento”.
Abrir caminhos luminosos “é rasgo de profecia que o nosso tempo anseia”. E avança: “Também os sistemas eclesiásticos rotineiros são empecilho à luz. Exercer missão profética é discernir, na realidade histórica, os modos e meios para viver a salvação, é operacionalizar, hoje, em cada comunidade cristã o serviço da caridade”.
Nos tempos actuais, um dos “maiores obstáculos a uma vida serena e pacífica é a gravíssima e crescente vaga de desemprego”. A operação «10 milhões de Estrelas – Um gesto pela paz» visa prioritariamente a criação de um Fundo de Apoio aos novos desempregados e suas famílias, através das estruturas diocesanas da Caritas. Adquirir uma vela e acendê-la no dia 24 de Dezembro é um gesto pela paz, “que contribuirá para aplanar a depressão de tantas famílias portuguesas”.
Depois do Conselho Geral da Cáritas – realizado de 4 a 6 deste mês – ficou decidido que esta “procura as vias mais directas para fazer chegar aos mais carenciados gestos de libertação, cuidados fraternos, ajudas a situações aflitivas”. Neste Natal que se aproxima “escutemos as vozes que clamam. Não cavemos mais fossos de desigualdades sociais, não levantemos montanhas de problemas” – finalizou D. Carlos Azevedo.