S. Francisco de Assis, um jovem irrequieto

Festa litúrgica celebrada hoje Assinalando a festa litúrgica de São Francisco de Assis, será celebrada a Eucaristia hoje às 19 horas na Capela do Mosteiro das Irmãs Clarissas, no sítio da Caldeira, em Câmara de Lobos. Aquela celebração será presidida por Frei Nélio Mendonça. São Francisco nasceu em Itália, na cidade de Assis, em 1181 e faleceu em1226, aos 46 anos de idade. Francisco! Francisco! Era o nome musical que ecoava alegremente pelas ruas de Assis. Um grupo de jovens entusiastas corria atrás deste rapaz alegre, generoso, bem disposto e cordial. Sempre pronto a organizar festas com os amigos e a custeá-las nas dificuldades, irradiava simpatia e uma amabilidade extraordinárias. Quem é este jovem? Francisco nasceu em Itália, na cidade de Assis, em 1181. Filho de uma rica família burguesa teve uma infância e juventude feliz e despreocupada. Ajudava o pai nos negócios de tecidos e nos tempos livres, gostava de cantar, partilhar e conviver com os amigos. Os jovens do seu tempo admiravam as excepcionais qualidades humanas de Francisco e chamavam-lhe o Rei da juventude. Sentindo o chamamento do Senhor, despojou-se de todos os seus bens, inclusive das suas roupas, e entregou-se por inteiro ao Seu serviço. Vestiu uma pobre túnica e cingiu-se com uma corda. Estava livre como um pássaro! A pobreza e humildade do Filho do Altíssimo, que «por nosso amor se fez pobre e desprezível neste mundo» comoveram e abrasaram de amor o coração enamorado de Francisco. A transbordar de alegria, cantava Jesus – o seu tesouro escondido – pelas ruas de Assis. Outras vezes, escondia-se no silêncio dos bosques ou nas igrejas pobrezinhas a rezar, ou melhor, a falar com o seu Amigo. Jesus exerceu sobre Francisco um fascínio admirável. Com Ele mantinha um constante relacionamento vivo e pessoal. Os seus biógrafos falam duma autêntica loucura do divino amor. Trazia Jesus no coração, na mente, nos lábios e na vida. Até os elementos da natureza eram memória viva dessa secreta e indizível paixão. Se visse um cordeirinho, desfazia-se em lágrimas amorosas de infinita gratidão, pensando no Cordeiro inocente imolado no altar da Cruz. Francisco deixou-se conduzir docilmente pela acção do Espírito Santo e transformou-se no homem do louvor, da paz, da alegria e da fraternidade universal. Chamava carinhosamente irmãs a todas as criaturas e o seu «Cântico do Irmão Sol» é um hino de louvor a Deus, Senhor e criador do universo. Pela forma original como viveu e celebrou a fraternidade cósmica, João Paulo II proclamou-o em Assis, Padroeiro da Ecologia. Foi também considerado o Homem do Milénio. O seu entusiasmo e empenho no seguimento de Jesus e vivência do Evangelho impressionaram e contagiaram os jovens do seu tempo. Muitos deles quiseram mesmo seguir a nova forma de vida, escolhendo viver em pobreza como Francisco. Foi o fundador da Ordem Franciscana e escreveu a sua Regra que é Evangelho vivo. Na tarde do dia 3 de Outubro de 1226, aos 46 anos de idade, Francisco entrou em agonia e celebrou a sua última Páscoa com os Irmãos. Há dois anos que no corpo martirizado eram visíveis os sinais de misteriosas Chagas a sangrar. Os grandes e indizíveis sofrimentos não impediram uma profunda e inusitada alegria, que inundava o seu coração de pobre. Estava finalmente configurado com Cristo na sua morte. Tendo consumado o seu sacrifício, abençoou ternamente os seus irmãos e cantou com inefável júbilo: Louvado sejais, Senhor, pela Irmã Morte. No céu acendeu-se mais uma estrela. Irmã Maria da Cruz, osc

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