Rússia: Arcebispo de Moscovo consagrou igreja dedicada a Santo António

Local de culto serve a comunidade franciscana de São Petersburgo

São Petersburgo, Rússia, 10 set 2013 (Ecclesia) – O arcebispo de Moscovo presidiu no domingo à consagração da igreja e do altar-relíquia do Convento de Santo António em São Petersburgo, um dos principais marcos da presença franciscana e do catolicismo na Rússia.  

De acordo com informações enviadas hoje à Agência ECCLESIA, D. Paolo Pezzi destacou o percurso do santo português (1191-1231) que mostrou ao mundo “que o milagre da santificação da vida é possível”.

Na sua homilia, o prelado italiano fez ainda votos de que os fiéis encontrem no local de culto “conforto e forças para dar testemunho de Cristo e levá-lo aos outros”, contribuindo assim para a construção de “uma nova civilização de amor”.

O altar da igreja, “um sarcófago em mármore”, foi oferecido pela Basílica de Pádua, em Itália, onde Santo António está sepultado.

Tem a particularidade de ter acolhido a urna com o corpo do santo, entre 2008 e 2010, durante um período em que o túmulo original (na capela da Arca) estava a ser alvo de obras de restauro.

Para o reitor da Basília de Pádua, que acompanhou a cerimónia de consagração da igreja do Convento de São Petersburgo, o novo altar “é uma relíquia não só porque conteve o corpo de Santo António, mas também porque conserva a memória das mãos dos milhares de peregrinos que tocaram nele, que diante dele rezaram a Santo António” e que receberam “ajuda por sua intercessão”.

O padre Enzo Poiana acrescentou que “o altar ali consagrado” é uma oferta “não só para os Franciscanos mas para toda a Igreja Católica na Rússia”.

O Convento de Santo António na antiga capital do império russo começou a ser erguido em 1996 e representa um dos principais marcos da presença franciscana e católica no país, a par de outros quatro mosteiros, situados em Moscovo, Astracã, Kaluga e Chernyakhovskc.

Depois de mais de 70 anos de perseguição, às mãos do regime comunista, entre 1917 e 1989 (data da queda do Muro de Berlim) a comunidade de São Francisco de Assis na Rússia começa “pouco a pouco” a ressurgir das cinzas.

“O sonho” dos irmãos de São Petersburgo de “um dia terem uma igreja digna é hoje uma realidade” destacou o padre Nikolai Dubinin, responsável geral da Custódia Russa de São Francisco de Assis.

JCP

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Agência ECCLESIA

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