Para justificar o sucesso do projecto da «Rota das Catedrais», D. Carlos Azevedo, membro da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, sublinhou que, para além dos textos assinados, existem as pessoas que se respeitam na área do património.
“Assim é mais fácil a relação e é isso que também acontece” porque “há um bom relacionamento pessoal, fruto de muitos anos”, disse à Agência ECCLESIA.
Resultante de um protocolo de cooperação entre o Estado Português, através do Ministério da Cultura, e a Igreja Católica em Portugal, através da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Rota das Catedrais pretende constituir uma operação integrada de requalificação das catedrais portuguesas.
Esta iniciativa envolve o total das 25 Catedrais em todo o país, incluindo Açores e Madeira.
O Secretário de Estado da Cultura, Elísio Summavielle, disse à Agência ECCLESIA que no último ano foi feito “um trabalho de diagnóstico para termos um dossier bastante completo do estado de saúde” das sés portuguesas.
Actualmente, as direcções regionais de cultura e o secretariado dos bens culturais da Igreja estão a “preparar as candidaturas” para “que os financiamentos comecem – no próximo ano – a aparecer”.
A diocese do Algarve foi pioneira no projecto da «Rota das Catedrais» porque “tinha uma necessidade imediata da catedral de Silves que ameaçava mesmo de ruína”, declarou D. Carlos Azevedo. No entanto, este responsável realça o empenho das dioceses de Santarém e Setúbal que têm tido um “trabalho muito interessante de avanço”.
Mesmo que o panorama governamental se altere nos próximos tempos, as parcerias Igreja/Estado são “para continuar”.