Romeiros a cavalo em busca de protecção

Centenas de romeiros a cavalo, de charrete ou de carroça partiram hoje da Moita (Setúbal) em direcção a Viana do Alentejo (Évora), num percurso de cerca de 150 quilómetros que recupera uma tradição abandonada há décadas. A iniciativa, promovida pelas câmaras municipais de Viana do Alentejo e da Moita e pela Associação Equestre Moitense, já vai na sua sexta edição e conta este ano com um percurso que se aproxima dos 150 quilómetros, por entre localidades, quintas e caminhos de terra batida. Durante o percurso da romaria, os participantes, transportados em cavalos, charretes ou carroças, vão “trilhar” a antiga “Canada Real”, também conhecida como “estrada dos espanhóis”. A iniciativa, de acordo com a autarquia, pretende recuperar uma antiga tradição, abandonada há mais de 70 anos, quando os lavradores se deslocavam com os seus animais ao santuário de Nossa Senhora D’Aires para pedir protecção e boas colheitas. Os animais, naquela época fundamentais para a deslocação dos lavradores, eram, então, benzidos durante a procissão em honra de Nossa Senhora D’Aires, padroeira dos animais. Retomada em 2000, sempre com a participação de centenas de romeiros, que transportam a imagem de Nossa Senhora da Boa Viagem, a romaria coincide com a tradicional peregrinação anual ao santuário, manifestação religiosa que atrai outras tantas centenas de pessoas. Este ano, refere a organização, os romeiros vão passar, nos quatro dias da “viagem”, por localidades como o Poceirão, São Martinho de Casebres, São Cristóvão e São Brás do Regedouro. Para evitar quaisquer problemas, a organização assegura assistência médica e veterinária durante o percurso.

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