Romagem anual ao Santuário do Cabo Espichel

Ó padroeira dos pescadores / Que a Ti imploram auxílio e favor. / Hoje nós estamos, amanhã outros, / Sempre cantando o teu amor. Senhora do Cabo Espichel, / Maria, Maria, Maria! / Protege os que andam no mar, / Na luta da cada dia. É com estas palavras, que, no último domingo de Setembro, se celebra Nossa Senhora do Cabo, rumando as gentes de Sesimbra ao santuário no promontório do Cabo Espichel. Esta festa é como que o ‘círio de Sesimbra’, numa reminiscência de outros que afluíam àquele santuário, sobretudo da região saloia do Oeste da Diocese de Lisboa. Como festa de gente ligada ao mar a de Nossa Senhora do Cabo do ‘círio de Sesimbra’ torna-se um momento de descanso e de confraternização para o povo (sobretudo marítimo) de Sesimbra. Em tempos as casas de hospedaria (ou dos círios) em volta do santuário serviam de lugar de acolhimento aos peregrinos. Desde há meia dúzia de anos tem vindo a ser proposto um tríduo de preparação, no próprio Santuário, nos dias que antecedem imediatamente a data do último domingo de Setembro, que este ano decorre de 21 a 23 de Setembro e tem por suporte de reflexão teológico/espiritual o cântico mariano do Magnificat, nas dimensões de família como lar, enquanto comunidade e entendida como espaço de tradição. Na festa do dia 24 (domingo) será feita, após a Missa e procissão, a consagração das famílias de Sesimbra (e outras) a Nossa Senhora sob a invocação do Cabo Espichel, envolvendo as vertentes reflectidas naquele tríduo de preparação. Estando a caminho dos seiscentos anos das peregrinações dos círios, a ocorrer em 2010, ao Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel parece ser necessário redescobrir a história daquele lugar de fé e de festa com linguagem e simbologia adequadas aos tempos que estamos a viver, particularmente na temática familiar. A. Sílvio Couto

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Agência ECCLESIA

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