Celebração decorre na «casa» da Comunidade de Santo Egídio
Roma, 27 mar 2018 (Ecclesia) – A comunidade católica de Santo Egídio promove hoje em Roma uma vigília de oração pelos cristãos perseguidos no mundo, tendo como pano de fundo a figura do futuro santo D. Oscar Romero.
A celebração na Basílica de Santa Maria in Trastevere vai ser presidida pelo cardeal Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos (santa Sé) e responsável pela Comissão para a América Latina.
“A Comunidade de Santo Egídio faz memória dos cristãos que foram mortos ou que sofrem perseguições, discriminações ou privações da liberdade religiosa”, adianta o portal de notícias do Vaticano.
O ‘Vatican News’ cita o Papa Francisco, para falar numa “Igreja de mártires”.
“Há lugares no mundo onde se morre quando se vai à Missa, onde igrejas e escolas cristãs são incendiadas, onde há ameaças, intimidações e assassinatos contra quem educa os jovens”, pode ler-se.
O mesmo portal cita hoje o vigário-geral de Bambari, no sul da República Centro-Africana, para denunciar massacres contra a população civil.
O padre Firmin Gbagoua informa que os combates no sul do país provocaram “dezenas de mortes”; entre as vítimas mortais está o sacerdote católico Joseph-Désiré Angbabata.
A onda de violência provocou ainda a fuga de milhares de pessoas.
A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) recordou hoje, por sua vez, a situação de Leah Sharibu, de 15 anos, a única jovem a continuar em cativeiro entre as 110 adolescentes que o ‘Boko Haram’ sequestrou de uma escola em Dapchi, na Nigéria, a 19 de fevereiro.
A jovem recusou converter-se ao Islão, pelo que continua raptada.
Segundo a AIS, o grupo islamita, ligado ideologicamente ao autoproclamado Estado Islâmico, está em atividade na região norte da Nigéria desde 2009, tendo provocado já mais de 20 mil mortos e quase dois milhões de deslocados.
OC