Roma: «Rezar, ir e testemunhar», o convite de D. Américo Aguiar, na Solenidade de Santo António

Bispo de Setúbal presidiu à Eucaristia na igreja de Santo António, na Via Merulana, na capital italiana

Roma, 13 jun 2025 (Ecclesia) – O cardeal D. Américo Aguiar presidiu hoje à Missa em honra de Santo António, na Basílica de Santo António de Pádua, na via Merulana, em Roma, e na homilia, a partir da liturgia destacou os verbos “rezar, ir e testemunhar”.

“Convido-vos, no limiar também do apelo que o Papa Leão dirigiu frequentemente nestas suas primeiras semanas de ministério petrino, a renovar o nosso espírito missionário nas circunstâncias em que nos encontramos: na família, no trabalho, entre os nossos amigos e entre aqueles que se encontram para além das fronteiras visíveis da nossa fé, à semelhança do que fez Santo António”, pediu o cardeal português, na homilia da Eucaristia que presidiu, esta sexta-feira, 13 de junho, na capital italiana.

Na homilia, enviada à Agência ECCLESIA, D. Américo Aguiar destacou que no Evangelho ouviram “as palavras claras de Jesus” – “Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda a criatura” – que “é, provavelmente, o resumo mais belo da vida de Santo António”.

“Sabemos como deixou a sua nação de nascimento para chegar a Itália, após muitas vicissitudes e aventuras”, acrescentou, assinalando que “ir é o contrário de estar parado”.

Foto: Igreja de Santo António de Pádua, Roma (arquivo 2024)

A Igreja Católica celebra anualmente, a 13 de junho, a festa litúrgica de Santo António, padroeiro da cidade de Lisboa, onde nasceu em 1195; na Itália, destacou-se como pregador, no século XIII, e primeiro professor de Teologia da recém-criada Ordem Franciscana, tornou-se fenómeno de popularidade, faleceu em 1231.

O cardeal português, na Basílica de Santo António de Pádua, na via Merulana, sobre a palavra ‘rezar’ explicou, a partir da primeira leitura do Livro da Sabedoria, que “a prudência e a sabedoria são dons do Espírito Santo, oferecidos pelo Senhor ressuscitado aos Seus Apóstolos e a cada discípulo ao longo dos séculos”, e Jesus “quer que cada um peça estes dons”.

“O nosso Santo António, de Pádua, mas DE Lisboa, dizia num dos seus sermões: «A alma que reza é como um peixe na água: encontra o seu ambiente natural.» Também nós, hoje, nestas circunstâncias, sentimos a necessidade de rezar a Deus pelas tantas intenções e necessidades que trazemos no coração: pelos doentes, por aqueles que se encontram em necessidade, por aqueles que se encontram longe de Deus”, desenvolveu o bispo de Setúbal, a sua «igreja titular, em Roma».

Na terceira expressão que destacou na homilia, a palavra ‘testemunhar’, D. Américo Aguiar explicou que o testemunho que Jesus pede “é o de tornar a vida semelhante à Sua vida, de tornar amável a Sua Palavra e procurar tornar inteligível”, aos homens e mulheres deste tempo, “quanto Deus ensina”.

“Santo António foi insigne no falar a língua de Deus. Convido-vos, caros irmãos e irmãs, a recorrer com confiança e esperança à contínua intercessão junto de Deus do Padroeiro que hoje celebramos, com renovado empenho missionário e renovada esperança”, disse D. Américo Aguiar, no final da homilia publicada também na página na internet da Diocese de Setúbal.

À comunidade Franciscana, presente na Basílica de Santo António de Pádua, na via Merulana, deixou “uma “saudação cordial a cada um, com os seus Superiores e irmãos”, e também a cada um dos que participaram na celebração matinal desta sexta-feira.

Quando foi criado cardeal pelo Papa Francisco, no dia 30 de setembro, D. Américo Aguiar recebeu o título de Santo António de Pádua, igreja situada na Via Merulana (Sancti Antonii Patavini de Urbe), em Roma, de que foram titulares, entre 1973 e 1998, o cardeal-patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro, e de 2001 a 2022 o cardeal brasileiro D. Claudio Hummes.

O bispo de Setúbal também participou no primeiro Consistório Ordinário Público para a Canonização de Beatos do Leão XIV, onde o Papa decretou a data de inscrição no Registo dos Santos de nove beatos, incluindo o jovem Pier Giorgio Frassati e o adolescente Carlo Acutis, patronos da JMJ Lisboa 2023.

CB

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