Roma: Papa encontrou-se com refugiados acolhidos pela Igreja Católica

Francisco elogiou fraternidade que não olha a religiões

Roma, 19 jun 2017 (Ecclesia) – O Papa encontrou-se hoje um grupo de cerca de 30 refugiados acolhidos pela Igreja Católica em Roma, antes de inaugurar o Congresso Diocesano, dedicado à educação.

Francisco elogiou um trabalho de “fraternidade” que vai “para lá” da religião de cada um.

“Obrigado a quem acolheu e a vós que aceitastes ser acolhidos”, declarou aos presentes, sublinhando que estas paróquias “foram um bonito exemplo”.

O encontro aconteceu em vésperas do Dia Mundial do Refugiado, uma iniciativa da ONU a que o Papa se referiu este domingo, após a oração do ângelus na Praça de São Pedro.

Francisco recordou as pessoas que fogem da violência e das perseguições e deixou votos de que estas histórias de “dor e esperança” se transformem em “oportunidades de encontro fraterno e verdadeiro conhecimento recíproco”.

“Que a atenção concreta vá para as mulheres, homens, crianças em fuga dos conflitos, violências e perseguições. Recordemos também na oração os que perderam a vida no mar ou em extenuantes viagens em terra”, apelou.

Segundo o Papa, o encontro pessoal com os refugiados “dissipa medos e ideologias distorcidas”, abrindo espaço a “sentimentos de abertura e à construção de pontes”.

O número de pessoas que foram forçadas a abandonar as suas casas devido à guerra, violência ou perseguição atingiu um valor recorde em 2016, com 65,6 milhões de deslocados internos ou refugiados, revelou hoje a ONU.

38 institutos religioso e paróquias de Roma acolhem atualmente 211 refugiados, na sequência de um apelo lançado pelo Papa Francisco.

O Congresso Eclesial Diocesano de Roma, que encerra o ano pastoral, centra-se no apoio a dar aos pais “na educação dos filhos adolescentes”, adianta a Rádio Vaticano.

Francisco disse neste encontro que a adolescência não pode ser vista como uma “patologia” e contestou mesmo a tendência de “medicar precocemente” as crianças, antes de apelar ao diálogo entre gerações, valorizando o papel dos “avós” nas famílias.

A intervenção alertou para as consequências de uma sociedade “desenraizada” e defendeu que a educação das novas gerações deve estar “em movimento”, valorizando a “austeridade” interior face ao consumismo.

O Papa deixou ainda uma palavra de agradecimento ao seu vigário para a Diocese de Roma, o cardeal Agostino Vallini, que no próximo dia 29 vai deixar esta missão, tendo como sucessor D. Angelo De Donatis.

Francisco afirmou que o seu ‘braço direito’ para a Igreja de Roma o ajudou muitas vezes a “manter os pés no chão”.

OC

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Agência ECCLESIA

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