Roma: Novo cardeal presidiu a Missa na igreja dos portugueses (c/áudio)

D. António Marto convidou católicos a tocar «feridas» dos outros

 Reportagem de Aura Miguel, enviada da Renascença/Ecclesia ao Consistório 2018

Roma, 30 jun 2018 (Ecclesia) – O novo cardeal D. António Marto presidiu hoje a uma Missa na igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, na qual convidou os católicos a “tocar as feridas” dos outros.

A Eucaristia de ação de graças contou com a presença da ministra da Justiça, Francisca Van Dunen, que representou o governo português no Consistório 2018, a que o Papa presidiu na quinta-feira, autarcas e dezenas de peregrinos da Diocese de Leiria-Fátima que acompanharam o seu bispo.

Na homilia da Missa, D. António Marto sublinhou a importância de “tocar” o outro, como Jesus, aceitando-o “pelo que o outro é, mesmo na sua fragilidade”.

“Também nós, como seus discípulos, também a Igreja deve ousar abraçar e tocar, cuidar e curar a carne de Cristo nos mais frágeis, nos mais vulneráveis, nos mais pobres, em todos e todas aqueles que sofrem, nos doentes, nos sós, nos abandonados, nos prisioneiros, nos refugiados, nos excluídos, nos rejeitados, nos escravizados”.

O novo cardeal falou das “periferias humanas e existenciais que Jesus enfrentou com misericórdia” e recordou as palavras do Papa, na Missa do consistório, quando Francisco realçou que “tocar a carne sofredora dos outros” é prosseguir com a “revolução da ternura de Deus”.

O bispo de Leiria-Fátima falou da igreja de Santo António como um “sinal da presença de Portugal em Roma”, onde celebrou várias vezes, nos seus tempos de estudante na capital italiana.

A Eucaristia foi concelebrada por 19 padres e dois bispos, D. Amândio Tomás, bispo de Vila Real, e D. Serafim Ferreira e Silva, bispo emérito de Leiria-Fátima.

D. António Marto recordou, na sua intervenção, que Jesus tocou quem era considerado “impuro”, pessoas sobre quem tinha sido declarada a “morte cívica”, indo ao encontro das “periferias humanas e existenciais”, até aos extremos das “consequências que isso trazia”.

“São ações de misericórdia, de salvação, de vida nova”, acrescentou.

No final da Missa, o reitor da igreja de Santo António dos Portugueses, Monsenhor Agostinho Borges, seu antigo aluno, qualificou D. António Marto como “um homem bom, mas muito exigente”.

OC

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Agência ECCLESIA

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