Por sugestão do Embaixador de Portugal junto da Santa Sé, João da Rocha Páris, e nas vésperas do seu regresso a Portugal em fim de missão e de carreira, o Presidente da República Portuguesa condecorou Mons. Borges, Reitor de Santo António dos Portugueses desde 1995 e Adido Cultural da Embaixada de Portugal junto da Santa Sé com o grau de Comendador da Ordem Nacional do Infante D. Henrique e o Maestro Di Rosa com o grau de Oficial da mesma Ordem.
A Ordem do Infante D. Henrique, criada na efeméride dos 500 anos da morte do “Navegador”, em 1960, visa distinguir aqueles que prestam “serviços relevantes a Portugal, no País e no estrangeiro”, mormente na “expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, sua história e seus valores”.
Durante o discurso que precedeu a investidura solene, pnum dos salões da Embaixada de Portugal junto da Santa Sé, o Embaixador Rocha Páris sublinhou a importância que a actividade do Instituto Português de Santo António em Roma tem tido nestes últimos anos, não só para os Romanos, que através dela podem contactar mais de perto com a nossa língua e com o nosso País, mas particularmente para Portugal, “porque tem aqui um farol potente para trazer a luz da cultura portuguesa e da presença portuguesa”.
Antes da entrega da cruz pátea de esmalte vermelho filetada de ouro, foram ainda relevadas as qualidades profissionais e humanas de Mons. Agostinho da Costa Borges, Reitor com “uma capacidade de organização extraordinária, um sentido do arriscar que às vezes implica muita coragem e com uma generosidade humana que lhe permite superar as dificuldades todas”, que foi na Embaixada, acrescentou, “para além de amigo, um excelentíssimo adido cultural”.
Depois, e envolvendo já nas suas palavras o agradecimento a Giampaolo Di Rosa, o Embaixador ainda disse que “a aventura do órgão revelou todas as capacidades (de Mons. Borges): coragem, visão de futuro, determinação e generosidade”.
De facto, foi no fim de um dos concertos da Integral de Bach a que assistiu na igreja de Santo António dos Portugueses, que o Embaixador Rocha Páris teve a ideia de sugerir que o “Estado reconhecesse publicamente o muito que deve aos dois”.
Redacção/Francisco de Almeida Dias