Francisco disse que o fim do ano deve ser uma ocasião para «parar e refletir» em que vive na escravidão, na Basílica de São Pedro, e depois visitou o Presépio e o Ambulatório – Mãe de Misericórdia
Cidade do Vaticano 31 dez 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje que o fim de um ano deve ser uma ocasião para pensar em quem vive na escravidão, lembrando que em Roma há mais de 10 mil pessoas “a viver no limite da dignidade humana”.
“Devemos parar e refletir com dor e arrependimento porque, durante este ano que termina, tantos homens e mulheres viveram e vivem em condições de escravidão indígnas de uma pessoa humana”, afirmou o Papa na Basílica de São Pedro.
Na meditação que fez durante a oração de vésperas e de agradecimento pelo ano que termina, na Basílica de São Pedro, o Papa denunciou diferentes formas de escravidão, sobretudo a experimentada por quem não tem uma casa.
“Também na cidade de Roma há irmãos e irmãs que se encontram nesta situação. Penso em particular em quem vive sem um lar. São mais de dez mil. No inverno, a situação deles é particularmente dura”, lembrou o Papa.
“São todos filhos e filhas de Deus, mas diferentes formas de escravidão, por vezes muito complexas, levam-nos a viver no limite da dignidade humana”, afirmou Francisco.
O Papa recordou que Jesus nasceu em “situação semelhante” não “por acaso” ou por um incidente”, mas para “deixar no mundo a semente do Reino de Deus, Reino de justiça, de amor e de paz, onde ninguém é escravo, mas todos são irmãos, filhos do único Pai”.
“A Igreja que está em Roma não quer ser indiferente às escravidões do nosso tempo nem simplesmente observar e assistir, mas quer estar dentro dessa realidade, próxima a estas pessoas e a estas situações”, acrescentou o Papa.
Após a oração das Primeiras Vésperas da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, que se celebra no dia 1 de janeiro, e da oração do “Te Deum”, de agradecimento pelo ano que termina, o Papa visitou o ‘Ambulatório – Mãe de Misericórdia’, uma clínica médica instalada na colunata da Praça de São Pedro por iniciativa de Francisco para as pessoas em situação de sem abrigo e para os peregrinos, o presépio da Praça de São Pedro e saudou quem se encontrava na ocasião naquele espaço.
PR
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