Roma: Conferência inter-religiosa lembrou Gandhi e assinalou Dia Internacional da Não-Violência

Cidade do Vaticano, 02 set 2019 (Ecclesia) – O Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso promoveu a conferência inter-religiosa ‘Amor fraterno e não-violência pela paz e a harmonia global’, esta terça-feira, pelos 150 anos do nascimento de Gandhi que se comemoram hoje, Dia Internacional da Não-Violência.

“A palavra “ahimsā”, que transmite o significado de não-violência para Gandhi, não é apenas um estado negativo de não causar dano, mas acima de tudo, um ato positivo de amor. Por este motivo Gandhi definiu ‘ahimsā’ como o amor maior, a caridade maior”, explicou o presidente do conselho pontifício, em declarações ao portal ‘Vatican News’.

D. Miguel Ángel Ayuso Guixot assinalou que o líder político, advogado, símbolo da independência da Índia disse que “é não-violência apenas” quando se “ama aqueles que odeiam”.

“Um amor, que para ele não conhece fronteiras e deve se estender a todo ser humano, incluindo os mal-intencionados, os maus e até mesmo o mal personificados”, desenvolveu.

Hoje, comemora-se o Dia Internacional da Não-Violência que para Mahatma Gandhi, que nasceu neste dia 2 de outubro há 150 anos.

O presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso (Santa Sé) destacou a necessidade de “trabalhar em conjunto com membros das diferentes tradições religiosas”.

“Procuramos todos juntos, com pessoas de boa vontade, construir um mundo melhor, também em vista a ser reproposta uma ética universal, porque devemos e somos chamados como seres humanos a ser bons, a fazer o bem, a evitar o mal, a semear a paz”, realçou.

A conferência desta terça-feira teve a participação de académicos, estudiosos, cerca de cinquenta representantes de várias confissões religiosas, e também do embaixador indiano junto à Santa Sé, Sibi George.

Nas vésperas do Dia Internacional da Não-Violência, D. Miguel Ángel Ayuso Guixot recordou o apelo de “amar a todos”, “como queria Gandhi e como também o Papa Francisco”.

“Sem exclusão e de não odiar ninguém, de respeitar a diversidade e promover a fraternidade”, acrescentou o arcebispo que vai ser criado cardeal pelo Papa Francisco no consistório deste sábado, dia 5 de outubro, juntamente com D. José Tolentino Mendonça.

Esta manhã, no final da audiência pública semanal, o Papa saudou todos os participantes no encontro sobre Mahatma Gandhi.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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