Ritmo e animação marcaram encontro da comunidade africana

Cantares e músicas africanas deram o mote para o que seria um dia de festa. A comunidade africana, através do Departamento da Mobilidade do Patriarcado de Lisboa e da Capelania Africana em Portugal, promoveu um encontro no passado Domingo, com o objectivo de celebrar a fé e a cultura que não esquecem no agora país de acolhimento. “Éramos mais de mil”, relembra o Padre Gaudêncio Sangando, da Comunidade dos Países Africanos de língua oficial portuguesa. Na comunidade do Cacém quiseram festejar a cultura numa comunidade que se tem mostrado muito aberta ao acolhimento, sublinha o Pe. Gaudêncio. “Eles aceitam-nos tal e qual somos e permitem que nós vivamos a nossa fé com o que nos é característico”. Sentimento este extensível a todas as comunidades com que contactam. “Os párocos são muito abertos às nossas celebrações e à forma como vivemos a nossa fé e cultura”, aponta o responsável pela Capelania Africana. Foi um encontro de culturas “porque na Capelania tentamos mobilizar e acolhemos todos que quiram juntar-se a nós”. Estes encontros são vistos como uma mais valia, pois “estando num país diferente é muito importante não esquecer a cultura de raiz”, afirma o Padre que acompanha a comunidade africana em Portugal. “Afinal todos fazemos parte de uma Igreja universal e é bom caminharmos juntos”, sublinha. O dia começou com uma animada eucaristia “ao nosso jeito africano”, onde estiveram presentes os animados batuques, chocalhos e outros instrumentos próprios da comunidade com toda a alegria dos cânticos e danças numa celebração marcada pelo ritmo da cultura africana. A cultura estendeu-se também à parte da tarde, onde 11 grupos fizeram a animação com cânticos e danças provenientes das terras quentes de África. Procuraram mostrar que o encontro de culturas, a africana e portuguesa, é uma mais valia “até para o aprofundamento da identidade cristã”, explica o Pe. Gaudêncio, pois gera um grande enriquecimento. O responsável pela Capelania africana manifesta o quanto a família é importante para os africanos. “Quando chega um africano a Portugal tem necessidade de trazer também a sua família, não só a nuclear mas no seu sentido mais abrangente”, explica referindo-se ao reagrupamento familiar, questão em destaque no VII Encontro de Animadores Sócio-Pastorais das Migrações.

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Agência ECCLESIA

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