Cardeal brasileiro, D. Odilo Scherer, realça que a «grande» novidade do documento final da cimeira «é a preocupação com os oceanos»
Rio de Janeiro, Brasil, 22 jun 2012 (Ecclesia) – O enviado do Papa à cimeira «Rio+20», o cardeal brasileiro D. Odilo Scherer realça que a “grande” novidade do documento final da cimeira “é a preocupação com os oceanos”.
A conferência das Nações Unidas sobre o desenvolvimento sustentável decorre no Rio de Janeiro (Brasil) até hoje com a divulgação do documento final, contendo 49 páginas, denominado ‘O Futuro Que Queremos’.
Para o enviado pontifício e arcebispo de São Paulo, além de “algumas lacunas, como a não-criação do fundo de contribuições dos países ricos, a Conferência trouxe novidades, como a nova consideração de chefes de Estado e Governo em relação aos oceanos”, lê-se no site da Rádio Vaticano.
“Acredito que o resultado é bastante positivo, embora haja muitas observações críticas de que o resultado é menos do que o esperado e que não foi bastante ousado em estabelecer metas ou medidas concretas que deveriam ser assumidas”, sublinha.
Em relação às críticas, o cardeal brasileiro salienta que “não se chegou a estabelecer a contribuição dos países ricos, daqueles que mais poluem, para formar um fundo a partir do qual possa ser financiada a economia limpa, a economia verde que se quer promover”.
Como pontos positivos da cimeira, D. Odilo Scherer realça a declaração onde se mostra o empenho na “economia verde, economia sustentável, colocando três pilares fundamentais: que o homem esteja ao centro, e portanto, que a economia sustentável deve ser socialmente sustentável” e que “a economia seja economicamente sustentável”.
Outro apelo que aparece no documento é que o modelo de economia não “se deve basear simplesmente na produção e no consumo; o critério de desenvolvimento não devem ser simplesmente os índices económicos porque deve haver um conjunto de índices que apontem um modelo de desenvolvimento”.
RV/LFS