«Cidade Maravilhosa» poderá «revigorar a sua fé» e mostrar o seu «rosto jovem», acredita D. Orani Tempesta
Lisboa, 22 ago 2011 (Ecclesia) – O arcebispo do Rio de Janeiro, cidade que em 2013 vai receber a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), considera que o maior evento juvenil da Igreja Católica vai contrapor-se à diminuição do cristianismo na América Latina.
D. Orani Tempesta, citado pelo site da arquidiocese carioca, sustentou que “a América Latina tem fortes raízes cristãs, que estão a perder-se pouco a pouco devido à falsa compreensão do país laico, às ideias que vão aparecendo com as crises dos valores”.
“Creio que é um momento de vivermos a nossa vocação de um país com raízes cristãs e de podermos manifestar isso, seja através do que vai acontecer na Jornada e com a vinda do Papa, e de reafirmarmos aquilo que acreditamos que ajude o mundo, o Brasil e a cidade a caminhar cada vez melhor”, apontou.
O prelado salientou também que o encontro, cuja localização foi anunciada este domingo pelo Papa Bento XVI, no fim da Jornada Mundial realizada em Madrid, será uma oportunidade para a população da antiga capital brasileira “revigorar a sua fé” e mostrar o seu “rosto jovem”.
O encontro realizar-se-ia na cidade mesmo que ela não estivesse a preparar-se para acolher o campeonato mundial de futebol em 2014 e as Olimpíadas de 2016, sublinhou o arcebispo, que no entanto reconhece a importância para a JMJ das estruturas viárias e aeroportuárias que estão a ser renovadas e construídas para aqueles eventos.
A realização da Jornada na antiga capital brasileira “é uma emoção indescritível, um sonho realizado”, disse Fabiana Targino, pertencente ao departamento da Pastoral da Juventude da arquidiocese.
“Vamos preparar com muito carinho e amor cada detalhe da próxima Jornada. E que nós possamos mostrar para o mundo que somos portadores da paz”, acrescentou a responsável sobre um encontro que ainda não tem lema definido.
Em 1990 Bento XVI, então cardeal, visitou o Rio de Janeiro, e em 2007, já Papa, regressou ao Brasil, tendo passado pelo estado e cidade de São Paulo, onde se encontrou com 40 mil jovens num estádio de futebol.
“Um homem ou uma mulher despreparados para os desafios reais de uma correta interpretação da vida cristã do seu meio ambiente será presa fácil a todos os assaltos do materialismo e do laicismo, sempre mais atuantes em todos os níveis”, frisou então Bento XVI.
O Papa João Paulo II, criador da Jornada Mundial da Juventude, visitou a ‘Cidade Maravilhosa’ em 1997, tendo então afirmado que “Se Deus é brasileiro, o Papa é carioca”.
RM