Organização católica espera que se coloque a dignidade e bem-estar de homens e mulheres no centro de toda ação
Lisboa, 20 jun 2012 (Ecclesia) – A Cáritas Internacional exige “uma mudança de paradigma e uma nova civilização que coloque a dignidade e bem-estar de homens e mulheres no centro de toda ação” numa nota sobre a «Cimeira Rio +20»
A confederação mundial de 164 organizações católicas de solidariedade escreveu um comunicado sobre «O futuro na perspetiva da Cáritas» onde sublinha que no caminho para esta mudança espera que a conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, que decorre no Rio de Janeiro entre hoje e sexta-feira, seja um marco.
Segundo a organização católica “existem cinco elementos/dimensões que são fundamentais: “um futuro sem fome”; “um futuro com visão”; “um futuro no qual cuidamos da nossa casa: a criação”; “um futuro com uma nova economia verde”; “um futuro com um novo contrato social”.
Como o mundo atravessa há alguns anos “uma crise sem precedentes com resultados dramáticos”, a nota da ‘Caritas Internationalis’ realça que é notória uma “maior desigualdade, exclusão, violência, a exacerbação dos conflitos, migração forçada, o empobrecimento um número crescente de pessoas e o escândalo de 1000 milhões de pessoas passarem fome”.
O organismo reafirma a seu conceito de desenvolvimento humano integral solidário, “entendido como um conceito abrangente que tem em conta a interdependência da família humana e o seu bem-estar nas suas diferentes dimensões: Económica, social, política, cultural, ecológica e espiritual”.
Ao nível dos apelos, a confederação mundial de 164 organizações católicas de solidariedade pede aos líderes “para que tornem a luta contra a fome uma prioridade e garantam o direito à alimentação” e “para que mantenham a visão dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) e os seus compromissos na sua implementação”.
A Cáritas apoia também a ideia de uma “economia verde desde que assente nos princípios éticos da equidade e da solidariedade e propõe “um modelo económico que tenha presente a democracia participativa e que promova a dignidade humana, o desenvolvimento humano sustentável e a distribuição de riqueza”, lê-se no documento.
A Rio+20, que ocorre duas décadas após a realização da conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente e desenvolvimento (Rio-92), poderá contribuir para definir a agenda do crescimento sustentável para as próximas décadas
LFS