Arcebispo de Évora em visita pastoral
O Arcebispo de Évora, D. José Alves, irá visitar a vigararia de Elvas de 25 de Fevereiro a 9 de Maio. “Renovar e revitalizar a vivência cristã nas comunidades” é o objectivo central desta visita pastoral. Em declarações à Agência ECCLESIA, D. José Alves pretende “estar com as pessoas e sentir a realidades das comunidades”.
A população activa da cidade de Elvas trabalha, essencialmente, no comércio e nos serviços. A cidade tem também um pólo do Instituto Politécnico de Portalegre. As localidades vizinhas da cidade “vivem da agricultura, como é próprio do Alentejo” e das “permutas como é próprio de uma zona de fronteira como Elvas”.
A agricultura tradicional do Alentejo – relacionada com as sementeiras – “está praticamente reduzida a zero” – lamentou o Arcebispo de Évora. Com a queda deste tipo de labor apareceram “as explorações pecuárias, criação de gado, oliveiras e produção de cortiça”.
Visitar os doentes, idosos e as crianças é um propósito de D. José Alves. O encontro com as autoridades civis é uma forma “de estabelecer uma ligação mais próxima da Igreja com todas essas realidades sociais” – realçou.
O Arcebispo de Évora irá levar uma mensagem de «Boa Nova» aos cristãos daquela região que “tem uma prática dominical a rondar os 13%”. “A vigararia de Elvas não é das zonas onde a taxa da prática dominical seja das mais baixas” – elucidou. Ainda ao nível das percentagens, as mulheres são mais assíduas nas celebrações. “É uma prática ancestral em todo o Alentejo”.
Com a debandada dos jovens daquela região na busca de trabalho noutras paragens, D. José Alves sublinha que esta situação “é um drama no Alentejo”. Com o fenómeno do envelhecimento da população “em ritmo acelerado”, resulta também “uma desertificação social”. “As gerações mais jovens não têm onde ganhar o seu pão” – reconhece.
A diminuição da população nas paróquias do interior é um facto. “Têm cada vez menos possibilidades de se revitalizaram”. A nível da pastoral “temos que centrar a nossa actividade na terceira idade”. O povo alentejano tem uma “grande devoção a Nossa Senhora”. A visita pastoral à vigararia de Elvas é acompanhada – “por todos os cantos e recantos” – pela imagem peregrina de Fátima – conclui.
