Reunião inter-religiosa para mostrar os benefícios da fé à Europa

Os representantes de diferentes tradições religiosas reflectem nos próximos dias sobre como apresentar à Europa os benefícios da fé. Sob o tema “Valores comuns para uma Europa que muda. A contribuição das culturas e das religiões”, os líderes religiosos europeus de 35 países e de mais de 12 tradições religiosas participam do Encontro Inter-Religioso Europeu organizado entre os dias 22 e 25 de Maio, em Rovereto, Itália. O objectivo do encontro é “pensar juntos em caminhos de acção na Europa, que reconheçam a contribuição das religiões”. O congresso conta com o apoio da Comissão Europeia e uniu os esforços das instituições civis e religiosas da área, inclusive a arquidiocese de Trento. Rovereto alberga o maior sino do mundo, «Maria Dolens», abençoado em 1965 por Paulo VI, símbolo de reconciliação, construído através da fundição de balas. O presidente da fundação Sino de Rovereto, Alberto Robol, destacou no início do congresso a importância de “lutar juntos contra a hostilidade e o fundamentalismo”, e sublinhou a oportunidade que o encontro “oferece para reflectir sobre os valores de coesão social e sobre a Europa, suas raízes e seu futuro”. Na inauguração, o presidente europeu de Religiões pela Paz, Jehangir Sarosh, disse que não se tratava de uma discussão inter-religiosa, e sim de um encontro no qual se “escuta e se muda a mentalidade” para conseguir que a sociedade entenda os benefícios da religião. O bispo emérito luterano norueguês e moderador do Conselho Europeu de Líderes Religiosos, Gunnar Stalsett, referiu-se ao papel da religião nos media e à “solidariedade necessária” para a Europa. “A religião é um elemento importante nos meios de comunicação: o novo lugar da religião no discurso público chegou talvez de maneira surpreendente para os próprios fiéis e para os que haviam relegado a fé para o reino da irrelevância e da superstição”, constatou. O Bispo lamentou a falta de espaço nos media para aspectos positivos que mostrem os acontecimentos que expressam a fé e a religião “como uma força positiva na vida dos indivíduos, das famílias, das comunidades e das nações”. Um dos contributos das religiões e da espiritualidade à Europa é a defesa da dignidade humana e do amor pelo próximo, revelou este bispo luterano. “O amor ao Divino é incompatível com o ódio aos nossos vizinhos. Actos de ódio em nome de Deus são actos contra Deus”. Neste sentido, apelou a ver a solidariedade como chave para “superar divisões”. “A solidariedade é o nome do amor. O amor está no centro da solidariedade. Um espaço comum com igualdade de direitos para todos é chave para uma segurança compartilhada para todos», concluiu. A participar no congresso encontra-se o bispo de Trento, D. Luigi Bressan, o arcipreste Vsvolov Chaplin, da Igreja Ortodoxa Russa, o rabino Jonathan Magonet, do Reino Unido, o imane Abdjuljalil Sajid e o bispo Alfeyev Hilarion, de Viena, representante da Igreja Ortodoxa Russa ante as instituições europeias. O congresso conta ainda com a participação de um grupo de jovens de várias religiões. Com Zenit

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