Responsável da Santa Sé defende nova instrução sobre a Liturgia

O Cardeal Francis Arinze, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, defende que o seu Dicastério tomou a opção correcta ao publicar a instrução “Redemptionis Sacramentum” (a 23 de Abril passado) sobre algumas coisas que se devem observar ou evitar acerca da Eucaristia. “A Eucaristia é o maior tesouro que a Igreja tem na terra: é o próprio Cristo. Pode surpreender que a Igreja queira proteger e salvaguardar a celebração deste sublime mistério e promova o seu culto?”, pergunta o cardeal em entrevista â agência romana Zenit. O membro da Cúria Romana explica que a instrução devia mencionar expressamente alguns abusos e pedir que fossem evitados “como resposta à directiva dada pelo Papa no número 52 da sua encíclica Ecclesia de Eucharistia”. A “Redemptionis Sacramentum” (O Sacramento da Redenção), critica duramente o excesso de protagonismo dos leigos na celebração eucarística e a substituição da Missa por celebrações ecuménicas. Para D. Arinze “a celebração eucarística não é uma celebração ecuménica porque é uma celebração interna da Igreja Católica, é a celebração mais elevada da Igreja e dos católicos que estão em plena comunhão de fé e costumes com o Papa e com os bispos em comunhão com ele”. Entre os abusos que a Santa Sé pretende evitar encontram-se o excesso de protagonismo dos leigos durante as celebrações, a partilha da comunhão com não-católicos, a substituição das leituras bíblicas na Missa por outros textos, o hábito de os sacerdotes partirem a hóstia nomomento da consagração, a exposição do Santíssimo em condições inadequadas ou a introdução de elementos não-cristãos na Liturgia Católica, entre outros. “Não se podem deixar passar em silêncio os abusos, da máxima gravidade, contra a natureza da Liturgia e dos Sacramentos, bem como contra a tradição e a autoridade da Igreja que subsistem em diversos âmbitos eclesiais nos nossos dias e comprometem a celebração litúrgica” é a tese central do novo documento de 8 capítulos, que foi publicado em italiano, inglês, francês, espanhol, latim e inglês.

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