Responsáveis europeus do “Movimento Por um Mundo Melhor” reuniram-se no Algarve

De 17 a 23 de Abril realizou-se no Centro Pastoral e Social da Diocese do Algarve, em Ferragudo, o anual Encontro Europeu do Serviço de Animação Comunitária do “Movimento Por um Mundo Melhor”, uma reunião dos países da área Latina Sul. Os 15 responsáveis europeus de Portugal (6), Espanha(7) e Itália(2) procuraram “tomar consciência da situação dos grupos” destes países e dedicaram-se “ao estudo da relação entre a sociedade e a Igreja a vários níveis”. Este Serviço de Animação Comunitária na Igreja tem precisamente como finalidade a promoção de um movimento por um mundo melhor. Insiste-se neste nome para distinguir o “serviço”, organizado, do “movimento”, que é mais amplo, resultado do “serviço” e que não se identifica com ele. Nasceu em 1952 da convicção de que uma Igreja mais presente no mundo, mais fiel ao Evangelho e em permanente renovação é caminho eficaz para construir um mundo melhor segundo o projecto de Deus. Está presente em cerca de 42 países, mas funciona por grupos internacionais e por áreas mais pequenas. Em Portugal estão distribuídos por zonas Sul, Centro e Norte. O encontro do Algarve procurou ser um espaço de “leitura dos sinais dos tempos”, garante o padre Paulo Gerardo, director do movimento em Portugal. Constituído por partes distintas, o trabalho procurou num primeiro momento “ver como se vive e interpreta a relação entre a sociedade e a Igreja no âmbito político e da cultura popular” nos países presentes. De seguida, os responsáveis europeus quiseram “perceber quais os desafios mais importantes para as sociedades europeias e para a Igreja da Europa” e a terceira parte teve como objectivo entender “como é que as Igrejas destes países estão a responder a estes desafios”. “Pretendemos servir. Para isso criamos instrumentos de reflexão e de acção, como projectos paroquiais ou diocesanos, que não nos ficando vinculados, poderão ser usados pelas as paróquias ou dioceses se estas o entenderem. Nós damos apenas uma colaboração na sua elaboração”, explica o sacerdote, que acrescenta: “O objectivo de contribuir para a renovação da Igreja, para que sirva melhor o mundo, enriquece tudo o que vamos fazendo nas actividades pastorais das nossas paróquias e dioceses”.Do Algarve, participou neste encontro europeu a irmã Maria do Céu, do Instituto das Irmãs de Santa Doroteia e membro da equipa nacional do Movimento. Loulé aderiu há 15 anos ao movimento Na diocese algarvia as únicas paróquias que seguem a inspiração do Serviço de Animação Comunitária do Movimento Por um Mundo Melhor são as de Loulé, já lá vão 15 anos. Na altura, coincidiu com a entrada de D. Manuel Madureira Dias na diocese. O então Bispo diocesano pediu aos padres Firmino Ferro, Henrique Varela, José Águas, José Pedro Martins e José Rosa que participassem num encontro de reflexão promovido pelo movimento em Espanha sobre a “Nova Imagem de Diocese”. Regressado do encontro, o padre Henrique Varela, pároco de Loulé, decidiu, com a ajuda das Irmãs do Instituto de Santa Doroteia também presentes na comunidade e envolvidas no movimento, iniciar o projecto “Nova Imagem de Paróquia”. “Vivemos durante oito anos a primeira fase intitulada ‘Sensibilização à comunidade’ tendo organizado as paróquias por 24 zonas, com respectivas equipas de coordenação, e ao final desse tempo, com a realização de uma visita pastoral do Senhor Bispo, tivemos um momento de convocação das pessoas no qual foram constituidos 75 grupos familiares de reflexão por zonas. Esses grupos têm-se reunido, na casa de um dos seus membros, com temas que vamos propondo, mas ultimamente tem havido uma diminuição do seu número”, explica o pároco, complementando: “funcionamos com um programa anual, escrito no início de cada ano. Estamos agora na fase da evangelização em ordem à descoberta de Cristo e a preparar-nos para daqui a 3/4 anos atingirmos mais uma etapa: um sínodo paroquial. Até lá queríamos que os paroquianos pudessem expressar a sua fé de uma forma pessoal: professando o Credo tradicional traduzido para a vida. A última etapa será uma catequese sobre os sacramentos que se pretende culmine com o objectivo final: as paróquias divididas em pequenas comunidades”. A ligação ao movimento internacional passa exclusivamente pela “inspiração nas suas conclusões para adaptação à realidade de cada comunidade”, garante o sacerdote.

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