Respeito pelo pluralismo religioso

As Propostas Finais do Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente fazem referência também à instituição da festa dos Mártires do Oriente e que se promova o uso da língua árabe nas instituições da Santa Sé.

Apresentadas e votadas hoje (23 de Outubro), as propostas finais do Sínodo para o Médio Oriente radicam em três pilares: Paz, esperança e comunhão. As 44 propostas finais do Sínodo estão divididas em três grupos: presença cristã no Médio Oriente, comunhão eclesial e testemunho cristão.

No espaço dedicado ao diálogo – ecuménico e inter-religioso – os padres sinodais apelam para que os extremismos sejam afastados. Só com respeito mútuo e recíproco se promove “a justiça, a paz e os direitos fundamentais como o da liberdade religiosa, de culto e de consciência”. E adianta: “haja igualdade entre direitos e deveres e o pluralismo religiosos seja respeitado.

Propostas específicas sugerem também que se trabalhe no sentido de unificar a “celebração do Natal e da Páscoa e que seja instituída uma festa dos Mártires do Oriente, que se promova o uso da língua árabe nas instituições da Santa Sé, que se adopte também uma tradução árabe comum do Pai Nosso”.

As propostas percorrem os temas discutidos em assembleia, da importância da Palavra de Deus, “cuja leitura e meditação deve ser encorajada, com a sugestão de proclamar um Ano Bíblico, á denuncia das perseguições e das violências contra os cristãos no Médio Oriente, que às vezes chegam ao martírio” – sublinha o documento.

No que diz respeito à comunhão, tanto no interior, como no exterior da Igreja, o Sínodo reafirma “o princípio de que a variedade não prejudica a unidade, exige uma maior colaboração entre as hierarquias eclesiais, sustenta os novos movimentos, dom do Espírito Santo à Igreja inteira, a trabalhar em união com os bispos”.

A atenção da aula sinodal dirige-se também às mulheres, às crianças, à família, que devem ser sustentadas, tuteladas e defendidas na dignidade e nos direitos. Os leigos são chamados é evangelização, e recorda-se aos Mass media e às instituições católicas de educação o dever de promover a mensagem de Cristo, prestando atenção também os mais pobres e aos deficientes.

O Sínodo sublinha também a importância de os religiosos darem o bom exemplo com coerência entre vida e palavras, a necessidade de difundir a Doutrina Social da Igreja, de salvaguardar a criação, de aprofundar a preparação dos catequistas para que o Evangelho seja proposto sem timidez, nem provocação, e de renovar a liturgia, onde for necessário, tendo presente o contexto actual.

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