Francisco exortou todos «os atores políticos a trabalharem com determinação pela paz e pela fraternidade».
Cidade do Vaticano, 09 mai 2024 (Ecclesia) – O Papa Francisco manifestou “dor” pelo “ataque cobarde” que atingiu dois campos deslocados no leste da República Democrática do Congo, no último dia 3 de maio.
Num telegrama assinado pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, e enviado ao bispo de Goma, D. Willy Ngumbi Ngengele, o Papa mostra-se “próximo a todos os afetados por esse ato de ódio cego que não poupou muitas crianças”, informou o portal de notícias do Vaticano.
Francisco condenou firmemente “qualquer ato de violência para resolver conflitos, violência”, dos quais os “mais pobres e os mais desfavorecidos são sempre as primeiras vítimas.
De acordo com os últimos dados, divulgados esta quarta-feira pelo Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU, pelo menos 18 pessoas morreram, 32 ficaram feridas, 27 das quais gravemente, na sua maioria mulheres e crianças, na sequência dos bombardeamentos nos campos de Lac-Vert e Mugunga.
O Papa convidou o povo congolês “a manter viva a esperança” e exortou todos “os atores políticos a trabalharem com determinação pela paz e pela fraternidade”.
De acordo com o portal de notícias do Vaticano, o Papa disse ainda apoiar “os feridos e as famílias enlutadas com as suas orações” e “reza pelo repouso de todos aqueles que perderam a vida”.
O Governo congolês e os Estados Unidos atribuíram ao Ruanda e ao grupo rebelde Movimento 23 de março (M23) a autoria dos ataques, que negaram as acusações, adianta a Lusa.
LJ/OC