Os representantes do Papa consideram que “é preciso realizar uma corrida contra o tempo” para auxiliar as populações atingidas pelo maremoto na Ásia. A cidade indonésia de Jacarta recebe amanhã, quinta-feira, a conferência internacional sobre a ajuda aos países afectados pelo desastre, presidida pelo Secretário-geral da ONU, Kofi Annan, na qual se espera um apelo sem precedentes à mobilização geral. Para o Arcebispo Silvano Tomasi, Observador Permanente da Santa Sé junto às agências da ONU em Genebra, este momento “requer o compromisso de toda a sociedade civil e, portanto, também as Igrejas e em particular a Igreja Católica se sentem estimuladas a colaborar e a dar a sua contribuição imediata”. “Trata-se de abrir o coração a uma sensibilidade verdadeiramente mundial”, acrescenta, em declarações à Rádio Vaticano. A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou hoje que necessitará de 45 milhões de euros para ajudar a combater doenças infecciosas nas zonas afectadas pelos maremotos da Ásia. A OMS estima agora que mais de 150 mil pessoas estejam em “risco extremo” de doença, segundo o director-geral da organização, Lee Jong- wook, que se mostrou “preocupado pela falta de acesso a necessidades básicas”. Especialmente urgente é garantir que os cinco milhões de pessoas afectadas pelos maremotos têm acesso a água potável. O Núncio Apostólico na Tailândia, D. Salvatore Pennacchio, manifestou por seu turno uma profunda preocupação “com o momento em que a Ásia abandonar as luzes da ribalta”. “A primeira coisa a fazer é organizar as ajudas, mas não só as imediatas”, assinalou, pedindo projectos a longo prazo, “iniciativas que permitam ao povo, retomar a vida normal”.
