As Nunciaturas Apostólicas em Israel e no Líbano estão a seguir com apreensão o conflito entre os dois países. Israel impôs hoje um bloqueio aéreo e marítimo ao Líbano e bombardeou o aeroporto de Beirute, numa ofensiva que já provocou pelo menos 47 mortos. A ofensiva é uma resposta a ataques na quarta-feira do movimento xiita libanês do Hezbollah contra posições israelitas junto à fronteira com o Líbano, o primeiro dos quais resultou na morte de três militares israelitas e no sequestro de outros dois. D. Luigi Gatti, representante diplomático do Papa no Líbano assegurou que este “é um conflito que não queremos”, em declarações à agência católica italiana SIR. O Núncio excluiu qualquer hipótese de mediação por parte da Igreja. Já o Núncio Apostólico em Israel, D. Antonio Franco, referiu que estas situações “não prometem nada de bom e poderiam ter sido evitadas”. Para este responsável, não é possível esperar deste conflito “nenhum resultado concreto em termos de distensão e de solução dos problemas”, deixando votos de que “predomine o bom senso”. O Parlamento Europeu (PE) está a preparar uma declaração para exigir o fim da intervenção militar de Israel no Líbano e a libertação dos soldados israelitas sequestrados, anunciou hoje em Pequim o presidente da instituição, Josep Borrel.