O Núncio Apostólico em Bagdad, arcebispo Fernando Filoni, assegura que “a população iraquiana sente-se ferida na sua dignidade” por causa das imagens de tortura na prisão de Abu Ghraib que têm percorrido o mundo. “As pessoas não esquecerão facilmente estes acontecimentos”, refere em entrevista à revista mensal “30 Giorni nella Chiesa e nel mondo”. O arcebispo Filoni assegura que há no Iraque “indignação e desilusão da parte de todos”. “As coisas negativas que aconteciam no passado, e que todos conheciam, voltam a surgir hoje, para mais nos mesmo lugares e, mais grave ainda, cometidas por quem dizia querer fazer esquecer esse passado”, acrescenta. Segundo o representante do Papa no Iraque, a credibilidade das forças da coligação “está seriamente comprometida e duvido que possa ser recuperada”.