Cáritas Portuguesa apresenta estudo que pretende promover o conhecimento da situação entre mulheres e homens e das relações de género.
A temática da igualdade de género, sujeita a um forte debate na sociedade, esteve esta manhã (dia 13 de Novembro) em destaque no Conselho Geral da Cáritas.
Foram apresentados os resultados do Projecto IGUALITAS, um estudo de âmbito nacional, que pretende promover o conhecimento da situação entre mulheres e homens e das relações de género na vida da Cáritas em Portugal.
Com uma taxa de sucesso elevada, cerca de 73% dos colaboradores profissionais responderam ao inquérito. O estudo envolveu 1268 colaboradores profissionais e voluntários.
“É muito positivo que tenha sido feito um estudo com tanto rigor e qualidade que irá inspirar novos comportamentos, mas é um caminho a fazer” – disse D. Carlos Azevedo, Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social.
A renovação de mentalidades “é um processo lento” – afirmou. Basta ver que a taxa de emprego das mulheres ainda é mais baixa que a homens e são poucas que ocupam lugares de topo. No entanto, ao nível de voluntariado nas Cáritas nota-se uma forte representação do sexo feminino, mas a classe dirigente destes organismos é composta na maioria por homens.
A linguagem também necessita de ser alterada. “A linguagem inclusiva é uma tarefa que exigirá uma renovação” – sublinhou o Presidente da referida comissão episcopal. E cita um exemplo: “a liturgia é toda machista e, mesmo, os documentos da Igreja”.
Fazer caminho é algo necessário “para que haja uma sensibilidade para alterarmos os hábitos” – disse
No Conselho da Cáritas – está a decorrer em Fátima – foi também apresentado um caderno prático e cartazes sobre o assunto. Segundo Jorge Matias, técnico da Cáritas portuguesa, na elaboração dos cartazes, a equipa pretendeu que estes “gerassem compromisso e operacionalização”. O caderno prático é composto por 7 fascículos.