Conselho Presbiteral aprova documento base para o seu Sínodo Diocesano
No próximo dia 10 de Outubro, começa o período preparatório para o Sínodo Diocesano de Viseu. Os trabalhos arrancam com uma Assembleia Diocesana, e já têm um documento de trabalho definido e aprovado.
A agência ECCLESIA teve acesso ao texto, através de um comunicado do gabinete de informação do Conselho Presbiteral da Diocese de Viseu (CPDV).
Nele podemos ler que o Sínodo Diocesano é uma “oportunidade de celebrar os 50 anos do Concílio Vaticano II, com uma reflexão organizada e aprofundada, tendente a uma renovação evangélica, espiritual, estrutural e pastoral da Igreja em Viseu”.
Guiada pelo lema “Em comunhão para a Missão”, a iniciativa pretende congregar padres e leigos para “olhar a Igreja a partir dos elementos fundamentais da comunhão: organicidade e corresponsabilidade”.
Dois aspectos que foram apresentados por um dos mais importantes textos saídos do Concílio Vaticano II: a carta “Lumen Gentium”, onde está estabelecida a constituição dogmática da Igreja.
O tema do Sínodo Diocesano de Viseu, “Renovação da Igreja Diocesana”, vem corresponder a uma vontade de “construir uma Igreja mais celebrativa, evangelizadora e solidária”, pode ler-se ainda no mesmo documento de trabalho, apoiado em outros textos conciliares, como “Sacrosanctum Concilium”, “Dei Verbum” e “Gaudium et Spes”.
Quanto a outros objectivos traçados pelo documento, realce para a preocupação da Diocese em olhar para questões como o êxodo rural e o crescimento urbano, o envelhecimento da população e o decréscimo acentuado do número de sacerdotes.
A elaboração de um esquema mais eficaz de formação humana e cristã, ao nível da iniciação e da liturgia; os desafios da “Nova Evangelização” e a construção de uma “identidade cristã solidária”, mais verdadeira e activa no mundo, são outras matérias presentes no documento de trabalho e que irão ser trabalhadas ao longo do Sínodo Diocesano de Viseu.
Recorde-se que a ideia para realizar um Sínodo, ou encontro, na diocese de Viseu, surgiu em 2007, quando os bispos de Portugal visitaram Bento XVI e lhe apresentaram um relatório sobre a situação das suas dioceses.
O bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, já tinha avançado à agência ECCLESIA que pretendia que o itinerário sinodal retomasse os documentos fundamentais do Concílio e examinasse “até que ponto a diocese está a viver e a corresponder ao seu projecto”.
Os três primeiros anos do sínodo, entre 2010 e 2013, vão ser reservados ao estudo da “Igreja que somos” e “do mundo para onde ela é enviada”, enquanto que os dois últimos terão como prioridade a discussão das propostas, com vista ao estabelecimento do planeamento pastoral para a década de 2015 a 2025.