Renascimento das congregações depende de «mais pastoral vocacional»

A Superiora Provincial das Franciscanas Missionárias de Maria considera que é necessário «fazer mais pastoral vocacional ». Maria Celeste Lúcio considera também que haverá mais vocações na Igreja, se os padres e religiosas «refrescarem constantemente a sua entrega incondicional a Deus. Ou seja, o seu exemplo e testemunho são o melhor modo de suscitar novas vocações. Aquela religiosa teceu estas considerações à margem do Capítulo Provincial que decorreu em Arcozelo, Barcelos, com a presença, ontem, do padre Vítor Melícias na missa de encerramento daquela assembleia, que se realiza de três em três anos. Na homilia, o Provincial dos Franciscanos exortou as religiosas a alcançar os objectivos da sua missão, «com alegria e esperança ». O sacerdote recorreu a uma poetisa brasileira, que escreveu: «Deus, não deixes a gente se cansar…»,para ilustrar o desempenho das Franciscanas Missionárias de Maria na vida quotidiana. Divididas por 26 comunidades, situando-se as principais em Barcelos, Porto, Coimbra, Setúbal e Funchal, a Congregação das Franciscanas Missionárias de Maria conta em Portugal com mais de 220 religiosas, que se dedicam a tarefas tão variadas como o acolhimento de pessoas sem-abrigo, toxicodependentes ou deslocadas (imigrantes de Leste, sobretudo). A primeira infância também é missão das religiosas, que não só acolhem crianças em risco, como acontecena Casa do Menino Deus, em Barcelos, mas também têm em funcionamento creches, jardins de infância e ATL. Segundo a Irmã Maria Celeste Lúcio, que está a terminar o segundo mandato como Superiora Provincial, o Capítulo «correu muito bem», com «grande espírito de participação » e «sem grandes planos». «Foi uma experiência comunitária, como muitas participantes – 56, no total –, nas suas partilhas, se referiram ao ambiente de unidade aqui vivido», afirmou Maria Celeste Lúcio na sessão solene que teve lugar antes da Eucaristia. Sem «planos espectaculares », em parte porque esta reunião visava preparar o Capítulo Geral (assembleia mundial) a realizar em Roma em Setembro de 2008, neste Capítulo Provincial (nacional) procurou- se tomar consciência da «necessidade de renascer» na vida pessoal e nas comunidades, «com ressonância missionária para o renascer dum mundo novo». No documento conclusivo do Capítulo, o terceiro realizado sob a liderança de Maria Celeste Lúcio – que em Outubro próximo é substituída pela Irmã Maria de Lurdes Farinha Alves –, as Franciscanas Missionárias de Maria anunciam um maior empenho na formação («imprescindível à qualidade de vida, participação e competência»), na actuação «em rede e parceria com outros» e no apoio à família e maternidade/paternidade responsável (como já acontece, com relevo, na Diocese de Viseu). E também uma maior atenção às novas tecnologias de comunicação.

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