Religiosos têm «novos caminhos a ir buscar»

Superior geral dos Dehonianos chama a atenção para as dinâmicas de novos países

Lisboa, 22 mar 2014 (Ecclesia) – O Padre José Ornelas, superior geral dos Sacerdotes do Coração de Jesus, afirmou que a vida consagrada tem de dar atenção aos novos países e novas dinâmicas.

“Dar atenção ao envelhecimento nos países de tradição cristã para atender a países novos e com novas dinâmicas mas que precisam de ganhar consistência é um grande desafio que enfrentamos”, disse o sacerdote em declarações à Agência ECCLESIA.

O padre José Ornelas recordava que quando entrou para a congregação dos Dehonianos os religiosos eram cerca de 65% oriundos da Europa e que, 15 anos depois, a realidade se inverteu.

“Há uma dedicação total, ao serviço de Deus, de quem se consagra a Deus e ao serviço dos irmãos, gente disponível para dar passos adiante, no diálogo cultural e religioso e na disponibilidade da mobilidade que é fundamental no dia de hoje.”

O superior geral dos Dehonianos destacou ainda que “ser religioso hoje é ter um diálogo com a sociedade e onde nos completamos mutuamente, há caminhos novos a ir buscar, numa ligação entre leigos, consagrados e famílias, como já há congregações a fazer”.

 “Se não partimos das periferias, como nos pede o Papa, o que vamos ter é uma igreja ou uma vida consagrada completamente centralizada que vai ter tendência a ser dogmática para não dizer repressora”.

Recordando o encontro que o Papa teve com os superiores gerais (masculinos) a 29 de novembro de 2013, quando Francisco anunciou aos presentes que o ano de 2015 será dedicado à Vida Consagrada, o padre José Ornelas afirmou que “não há uma vida religiosa perfeita”.

“O Papa falou-nos dos desafios da vida religiosa e a questão da comunidade, um ponto fundamental nas igrejas ocidentais e que é preciso dar-lhe a dimensão humana.

A mudança da importância da vida religiosa e a multiculturalidade é outro desafio.”

O Papa Francisco dedicou o ano 2015 à vida consagrada e o sacerdote português realça que as comunidades religiosas têm vários “trunfos” que as valorizam.

 

PR/SN

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Agência ECCLESIA

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