Cimeira pela paz em Moscovo 200 delegados de 44 países, reunidos em Moscovo num encontro inter-religioso pela paz, têm destacado o papel dos líderes religiosos para o bem da humanidade. O Cardeal Walter Kasper, que lidera a delegação do Vaticano, defendeu esta manhã que a missão das religiões é “favorecer uma ordem mundial mais pacífica e mais justa”. Nesta cimeira de líderes religiosos, que antecede a do G8, em São Petersburgo, está a ser preparada uma declaração que será entregue aos chefes de Governo dos países mais industrializados. Cristãos, muçulmanos, judeus, budistas e fiéis de várias denominações esperam relançar o papel central das religiões na sociedade contemporânea, para tutelar os valores morais e espirituais. Um “não” ao propalado choque de civilizações é outra das ideias-chave dos trabalhos. O Cardeal Paul Poupard, que também integra a delegação vaticana, considera que as religiões podem e devem partilhar “preocupações comuns” e afirmar um compromisso conjunto para trabalharem com “um renovado empenho num diálogo intercultural e inter-religioso, ao serviço de um humanismo integral e solidário”. “A Santa Sé reafirma a disponibilidade e a capacidade das religiões para contribuir na edificação da comunidade dos homens, dando-lhes o seu contributo para responder aos desafios da desagregação social”, concluiu. O Papa deixou votos, no passado Domingo, para que neste encontro “se possam encontrar âmbitos de efectiva colaboração, no respeito e na compreensão recíproca, a fim de enfrentar os actuais desafios”.