Reitor de Fátima celebra 50 anos de sacerdócio

Emoções marcaram celebração especial de um padre que se prepara para o adeus ao cargo actual “O Santuário de Fátima está, continuamente, com projectos grandes, mas, muitas vezes, as coisas mais pequenas são aquelas que nos impressionam mais” – disse à Agência ECCLESIA Monsenhor Luciano Guerra, Reitor do Santuário de Fátima, na festa dos seus 50 anos de sacerdócio. D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima, presidiu esta Quinat-feira, 27 de Setembro, à celebração das bodas de ouro sacerdotais de dois sacerdotes da diocese. “É um dia de Acção de Graças e um dia de consciencialização para a necessidade de novas vocações para o mundo de hoje que sofre o drama da solidão e do anonimato” – sublinhou. Durante a Eucaristia, Mons. Luciano Guerra emocionou-se. “Nalguns momentos as lágrimas vieram-me aos olhos”. E acrescenta: “Choro, quando diante de Deus, entendo que não consigo a integração de tudo aquilo que me parece que devia integrar numa harmonia perfeita do meu ser”. Estes momentos acontecem em várias esferas: “Pensamento, sentimentos, decisões, comportamentos e da palavra”. Nestes momentos celebrativos faz-se uma avaliação do passado e projecta-se o futuro. A projecção “é cada vez mais curta no tempo porque se projectar para uns dias, meses ou um ano já é uma bela projecção”. Não destacou nenhum momento da sua vida sacerdotal porque vive com intensidade o dia à dia. “Todos os dias são bons e todos têm bocados de enervamento” – confessou à Agência ECCLESIA o reitor do Santuário de Fátima. Ontem, 26 de Setembro, os funcionários do Santuário de Fátima ofereceram uma festa a Mons. Luciano Guerra. “Fiquei muito sensibilizado”. E avança: “Já pensava despedir-me deles mais tarde ou mais cedo, talvez para o Natal”. Apesar de terminar o seu mandato a 13 de Fevereiro de 2008, Monsenhor Luciano Guerra declarou que “em princípio será o último mandato”. “Penso que o meu bispo quererá substituir-me” – disse. O serviço na reitoria do Santuário de Fátima “é uma ocupação demasiado intensa para as energias que vamos dispondo”. Apesar de faltarem poucos dias para a dedicação da Igreja da Santíssima Trindade, Mons. Luciano Guerra sublinha que “está muito calmo” visto que “não sou muito de cultivar emoções”. A inauguração é importante, mas “não espero ter uma grande emoção na dedicação da Igreja da Santíssima Trindade” – finaliza. Questionado pela Agência ECCLESIA sobre a escolha de um novo Reitor, D. António Marto frisou que “a questão da nomeação não diz só respeito ao Bispo da diocese, mas ao Conselho Nacional do Santuário (constituído pelo presidente da CEP, os três Metropolitas do país – Arcebispo Primaz de Braga, Arcebispo de Évora e Patriarca de Lisboa -, o Bispo de Leiria-Fátima e o Reitor, ndr) oque fará uma proposta à Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa”.

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