O Alentus, actividade inter-regional que reuniu 1010 escuteiros das Dioceses de Beja e Évora, de Valência, Espanha, uma escuteira belga e uma delegação de Coimbra que veio auxiliar nos serviços, celebrou-se de 4 a 10 de Agosto subordinado ao tema do “Peter Pan” e da “Terra do Nunca”. Com o lema “Viver novos Desafios”, os escuteiros viveram estes dias divididos pelas secções tradicionais: os Lobitos (I secção) viveram todo o tempo na “Floresta Encantada”, os Exploradores (II secção) na Árvore Oca, os Pioneiros (III secção) no Acampamento Índio e os Caminheiros (IV secção) estiveram no reino dos Piratas. Foram realizadas, dentro destes imaginários, diferentes actividades que permitiram a cada participante adquirir competências e conhecimentos sobre diferentes áreas. Aliás, a procura de enquadrar a pedagogia nos jogos é uma constante no método escutista, pois assim torna-se mais simples para os jovens aderirem a algo que, sem o jogo, se poderia tornar maçador e pouco atraente. O local escolhido para a actividade foi a Mata Florestal de Pinheiro da Cruz, concelho de Grândola, integrada na diocese de Beja, cuja autorização de utilização foi concedida pela Direcção Geral dos Serviços Prisionais, que estabeleceu uma parceria com o CNE, permitindo assim organizar este acampamento nesta zona pouco intervencionada pelo homem e ainda em estado muito selvagem. Os pinheiros proporcionaram a sombra necessária para todos os dias de acampamento, e a brisa marítima derivada da proximidade da praia permitia uma maior facilidade em lidar com o calor. As actividades preparadas tiveram, para todas as secções, vertentes mais físicas e outras mais reflexivas, destacando-se os workshops, celebrações e partilhas no aspecto mais pessoal e os raides de orientação, o slide, a equitação, as gincanas e os jogos na praia, na parte mais física. Um vasto número de sectores garantiu toda uma logística de suporte: hospital de campo, vigilância, prevenção e segurança, abastecimentos, cozinha, comunicação e rádio, secretaria, loja escutista e um pequeno bar. Todos estes serviços foram assegurados por dirigentes destacados unicamente para tal fim, amigos escuteiros da região de Coimbra e um número elevado de Pais de ambas as regiões, que se ofereceram voluntariamente para assegurar a confecção da alimentação para os 230 Lobitos e todo o pessoal dos serviços. A avaliação da actividade foi bastante positiva, principalmente devido ao facto de terem sido cumpridos os objectivos pedagógicos traçados no início da actividade. De realçar ainda que este tipo de actividades são um meio esplêndido para se promover o convívio entre os escuteiros não só no interior da sua região como também e, neste caso particular, o intercâmbio com escuteiros de regiões vizinhas, sem esquecer os convidados exteriores que nela participaram também. São amizades que se criam e que depois são fortalecidas com contactos posteriores noutras actividades. Assim, todos crescem, aprendendo sempre numa grande inter-relação de uns com os outros. No dia do encerramento, dia 10, na celebração eucarística presidida pelo Bispo de Beja, D. António Vitalino, foi com grande “orgulho” que o ouvimos referir a todos os presentes, que esta foi a primeira vez que, na Diocese de Beja, se juntou um tão grande número de jovens, num acto de louvor a Deus! Foi assim um início do mês de Agosto em grande e que muitas marcas vão deixar em todos aqueles que participaram nesta actividade! Maria Helena Guerra, Chefe Regional de Évora