Cardeal Luis Antonio Tagle preocupado com situação em Idomeni, ponto de passagem para milhares de pessoas
Cidade do Vaticano, 16 out 2015 (Ecclesia) – O presidente da Cáritas Internationalis vai visitar a Grécia para verificar a situação de milhares de refugiados na região de Idomeni, junto à fronteira com a Macedónia.
Segundo informações avançadas hoje pelo organismo católico, o cardeal Luis Antonio Tagle quer aferir a forma como está a decorrer o apoio a pessoas e famílias vindas de países como a Síria, o Afeganistão ou o Iraque, que abandonaram a sua pátria para escapar à guerra, à perseguição religiosa e étnica ou à pobreza.
A Cáritas Internationalis sublinha que “mais de 450 mil refugiados já passaram este ano pela Grécia, em busca de uma vida nova na União Europeia”.
O contexto em Idomeni é particularmente difícil uma vez que se trata “de uma pequena aldeia, sem possibilidades de albergar o número elevado de pessoas que por ali passam”.
Muitos refugiados “têm de ficar na rua”, com “poucas hipóteses de conseguir uma refeição ou um banho”, descreve a organização.
É neste quadro que os voluntários da Cáritas estão a trabalhar, levando a estas pessoas “comida, água, saneamento básico e cuidados de saúde”, com especial atenção a “mulheres e crianças”.
À semelhança do que a organização católica está a fazer em outros territórios com refugiados, como por exemplo na Macedónia, Sérvia, Croácia, Hungria, este apoio humanitário prevê também o fornecimento de “roupas e abrigos” a quem mais precise.
Alertando para o “perigo” que estes refugiados enfrentam, durante a sua jornada por mar e por terra, a Cáritas Internationalis sublinha a urgência dos governos europeus unirem esforços no sentido de garantirem a segurança destas pessoas e a definição de um quadro legal para as migrações.
“A situação atual apenas beneficia os criminosos e traficantes”, salienta a organização católica.
Preparar o acolhimento deverá ser outra prioridade – a Cáritas aponta para o Inverno que se aproxima e para o facto de “muitos países não estarem preparados para receber o número alargado de pessoas que estão a entrar”.
JCP