Refugiados: Portugal vai alimentar 150 famílias no Líbano

Cáritas assinou protocolo em nome da PAR com a congénere libanesa para ajudar também na área da saúde e da educação

Henrique Matos, enviado da Agência ECCLESIA ao Líbano, com Tiago Azevedo Mendes

Beirute, 22 out 2015 (Ecclesia) – O presidente da Cáritas Portuguesa assinou hoje um protocolo com a congénere do Líbano para assegurar a alimentação a 150 famílias, apoiar nos cuidados de saúde aos refugiados e investir na escolarização das crianças

“Esta iniciativa, embora seja protagonizada pela Cáritas, faz parte da Plataforma de Apoio aos Refugiados, que foi em boa hora criada em Portugal. Vamos nós acompanhar a execução deste investimento que aqui nos comprometemos a fazer, sabendo nós que os portugueses hão de apoiar-nos na angariação dos meios para podermos levar a bom porto este compromisso”, disse Eugénio Fonseca à Agência ECCLESIA.

O protocolo hoje assinado tem por objetivo “assegurar o apoio alimentar a 150 famílias, cerca de 700 pessoas, durante 6 meses”, apoiar na saúde, uma “área muito forte que a Cáritas do Líbano tem em termos de intervenção na sociedade” e ajudar no “investimento da escolarização das crianças”, disse o presidente da Cáritas Portuguesa.

Para Eugénio Fonseca, interessa que “as pessoas se mantenham geograficamente mais perto do país de origem”, porque querem que “a guerra acabe” para regressar às suas terras.

“Tenhamos todos consciência de que ajudando nestes países onde estão mais próximos do seu a ajuda será mais eficaz, o que não invalida que abramos o nosso coração para termos uma boa integração dos que chegarem para Portugal”, sublinhou o presidente da Cáritas Portuguesa

Eugénio Fonseca disse ainda que os responsáveis da Cáritas no Líbano referem que cada país europeu deve acolher o número de refugiados que “tiver possibilidades”.

“Fomos alertados para isso: devemos acolher os que tivermos possibilidades e sobretudo investirmos muito nas famílias que estão nas fonteiras, sobretudo da Síria para que não se afastem muito e, assim que a paz regresse, possam também eles regressar aos seus países”, referiu.

O projeto “PAR Linha da Frente” tem o objetivo de apoiar os refugiados que se fixam nas fronteiras próximas dos seus países de origem e é operacionalizado pela Cáritas Portuguesa e pelo JRS Portugal.

Os contributos dos portugueses devem ser depositados no NIB 0036 0000 99105913826 45 ou entregues às organizações parceiras da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR).

HM/PR

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Agência ECCLESIA

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