Refugiados: Do medo a uma «dinâmica de abertura»

Dia Mundial da Filosofia refletiu na Católica em Lisboa sobre o acolhimento aos refugiados

Lisboa, 19 nov 2015 (Ecclesia) – Américo Pereira, professor da Licenciatura em Filosofia da Universidade Católica Portuguesa (UCP), afirmou hoje à Agência ECCLESIA que é necessário ultrapassar o medo no acolhimento aos refugiados e instaurar uma “dinâmica de abertura”.

Para o professor da Faculdade de Ciências Humanas da UCP é necessário “passar de uma dinâmica de medo para viver uma dinâmica de abertura, com cautelas racionais mas permitindo que as pessoas possam ser acolhidas devidamente”.

O curso de Licenciatura em Filosofia da UCP promoveu hoje um debate sobre o tema “Ostracismo, asilo e residência: o problema dos refugiados de guerra” no âmbito do Dia Mundial da Filosofia que, por iniciativa da UNESCO, se assinala na terceira quinta-feira do mês de novembro.

Recordando que os primórdios da filosofia tinha por objetivo “salvar os fenómenos”, Américo Pereira afirmou que encontro quis oferecer às pessoas “reflexão organizada” sobre o que neste momento da atualidade “parece mais grave”.

“Criar um mundo de cultura que seja capaz de integrar as pessoas na sua diferença, o mais harmónico possível. Só assim a humanidade poderá ter condições de sobrevivência nesta hora”, referiu o professor de filosofia.

Para a coordenadora da Licenciatura em Filosofia da UCP, a reflexão proposta teve por objetivo acentuar a urgência da reflexão sobre o acolhimento aos refugiados, muitas vezes “escravos em gaiolas douradas”, um problema que “já não está longe”.

Inês Bolinha referiu que a o debate decorreu em torno de três tópicos: “a dignidade humana, o direito ao solo e a virtude da misericórdia”.

A reflexão sobre o acolhimento aos refugiados decorreu na UCP em Lisboa e foi acompanhada através da internet por 6 escolas secundárias, na sessão da tarde, uma delas de Moçambique.

PR

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