Refugiados climáticos – O bom combate

Todos os anos mais de vinte milhões de pessoas são obrigadas a deslocar-se das suas casas devido às alterações climáticas. Estes “refugiados” não tem ainda o seu estatuto reconhecido pelo Direito internacional.

Numa reportagem recente da revista “Time”, o Secretário Geral da ONU, António Guterres, alerta para as consequências devastadoras das alterações climáticas provocadas pela ação humana, afirmando que estamos perante a “batalha das nossas vidas”. Este alerta é indissociável da batalha pela sobrevivência que milhares e milhares de pessoas deslocadas por força dessas alterações do clima enfrentam todos os dias. No discurso proferido no Fórum das Ilhas do Pacífico, lembrou que: “Em 2016, mais de 24 milhões de pessoas, em 118 países e territórios, foram deslocadas por causa de desastres naturais, três vezes mais do que o número de deslocados por conflitos”.

Mas as implicações das alterações do clima vão muito para além do impacto na mobilidade humana e no aumento da sua escala e complexidade. António Guterres, que foi também Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, tem alertado para este facto. Estamos perante um desafio que interage e reforça outras megatendências globais, como o crescimento populacional, a urbanização e a crescente insegurança alimentar, hídrica e energética. Um desafio com implicações importantes para a manutenção da paz e segurança internacionais.

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