«Para os cristãos, é um dever ir em auxílio dos refugiados, qualquer que seja a sua origem ou a sua religião», escreve a COMECE
Lisboa, 10 set 2015 (Ecclesia) – A Comissão dos Episcopados da União Europeia (COMECE) apelou a uma “solução comum” para a atual “crise dos refugiados” no continente, com mudanças na política comunitária de imigração e asilo.
“O problema dos refugiados é um desafio comum que precisa, consequentemente, de uma solução europeia comum”, realça o Comité Permanente da COMECE, em nota enviada hoje à Agência ECCLESIA.
Segundo estes responsáveis, o afluxo de refugiados à Europa coloca “enormes desafios” que podem ser superados se houver uma “responsabilidade comum” e trabalho de conjunto para a sua solução.
“O facto de certos países procurarem demitir-se totalmente da sua responsabilidade é inaceitável. A União Europeia não está fundada na solidariedade dos europeus entre eles?”, questionam os episcopados católicos da UE.
A COMECE sustenta que impedir a entrada de refugiados na Europa, com “arame farpado e muros” não é “uma solução”.
“Para os cristãos, é um dever ir em auxílio dos refugiados, qualquer que seja a sua origem ou a sua religião”, pode ler-se.
Os bispos consideram “chocante” que se assista a “assédio e hostilidade” em relação aos refugiados.
“A questão de uma solução comum para a crise dos refugiados é também uma questão que toca diretamente os valores e o futuro da Europa”, conclui a nota.
O Parlamento Europeu apoiou hoje as novas medidas apresentadas na quarta-feira pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que preveem distribuição pelos Estados-membros de mais 120 mil refugiados atualmente na Itália, Grécia e Hungria.
OC