Lisboa, 23 set 2015 (Ecclesia) – O bispo emérito de Díli, Timor-Leste, considera que acolher os refugiados que fogem da guerra para a Europa é “uma marca de caridade”, em especial perante pessoas em situação de “pobreza e doentes”.
“Temos de acolher mas, depois, a longo prazo temos de trabalhar para criar as condições do que chamamos de bem comum, para os países de origem”, disse D. Ximenes Belo à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
Nas declarações, enviadas à Agência ECCLESIA, o prelado timorense acrescenta que a onda migratória de refugiados é “um problema que não devia acontecer” e afirma que é resultado das “más políticas dos governos que têm a ambição de dominar o mundo”.
O bispo emérito de Díli que recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1996 revelou que acredita que Portugal vai manifestar claramente o seu espírito solidário uma vez que os portugueses também “foram acolhidos em tantos países como emigrantes”.
D. Ximenes Belo classificou ainda a AIS como sendo “uma organização desejada por Deus” e destacou o trabalho desenvolvido pela fundação pontifícia que nasceu para apoiar a vaga de refugiados na Europa, no fim da II Guerra Mundial.
AIS/CB