RedWednesday: Centenas de edifícios de vermelho lembraram 300 milhões de cristãos perseguidos (c/vídeo)

Iniciativa foi promovida pela Ajuda à Igreja que Sofre em todo o mundo

Lisboa, 28 nov 2019 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) promoveu esta quarta-feira a iniciativa RedWednesday e iluminou “centenas de edifícios em todo o mundo” para lembrar os 300 milhões de cristãos perseguidos.

“Foram centenas de edifícios e milhares de pessoas que se mobilizaram nesta jornada que pretendeu ser um sinal de compromisso, de solidariedade e de oração perante todos os que sofrem direta ou indiretamente pelo facto de serem cristãos e de quererem viver a sua fé em plenitude”, refere a Fundação AIS em comunicado.

O Departamento de Informação da AIS refere que Portugal, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália, Filipinas, Áustria, Eslováquia, Holanda e Itália foram países que aderiram à iniciativa RedWednesday (quarta-feira vermelha).

Em Portugal, várias paróquias promoveram momentos de oração pelos cristãos perseguidos e foram iluminados de vermelho o Mosteiro dos Jerónimos e a Igreja do Campo Grande, em Lisboa, a Catedral de Bragança, a Basílica dos Congregados e Santuário de São Bento da Porta Aberta, em Braga, e o Santuário do Cristo Rei, em Almada.

A iluminação das fachadas dos edifícios de vermelho foi um “sinal da urgência de se combater o flagelo da perseguição religiosa que atinge tantos milhões de cristãos em todo o mundo”, afirma a organização.

A Fundação AIS convidou o padre Gaetán Kabasha, oriundo da República Centro-Africana, para participar na iniciativa em Portugal e testemunhar a perseguição de que que sofreu, em diferentes países.

“Testemunhei o genocídio no Ruanda, vivi como refugiado, tive que atravessar vários países para chegar à República Centro-Africana, vivi muitos anos sem documentos e sem saber da minha família”, recordou o sacerdote.

O padre Gaetán disse que “a fé é o seu tesouro mais precioso”.

No dia em que a Fundação AIS promoveu a iniciativa RedWednesday, o padre Gaetán deu o seu testemunho no Santuário do Cristo-Rei, em Almada, e nas paróquias do Campo Grande, em Lisboa, e Monte Abraão, no concelho de Sintra.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o padre Gaetan Kabasha, ruandês, disse que tem vivido de “conflito em conflito”, após ter fugido do genocídio de 1994 e passar por guerras na República Democrática do Congo e República Centro-Africana.

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre é uma organização da Igreja Católica que depende diretamente da Santa Sé com a missão de “ajudar os cristãos onde quer que eles se encontrem perseguidos, refugiados ou em necessidade”.

Fundada no Natal de 1947, a AIS tornou-se uma fundação pontifícia da Igreja Católica em 2012; em Portugal, a fundação começou em 1995, com a abertura de um secretariado em Lisboa e, mais tarde, uma casa em Fátima.

PR

Igreja/África: Informar e ajudar são os apelos do padre que fugiu do genocídio no Ruanda e das guerras no Congo e na República Centro-Africana

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top
Agência ECCLESIA

GRÁTIS
BAIXAR