Redes Sociais: Papa chega ao «Instagram» com o nome «Franciscus»

Anúncio feito pelo monsenhor Dario Viganò que explica revolução comunicativa de Francisco

Lisboa, 17 mar 2016 (Ecclesia) – ‘Franciscus’ é o nome da conta que o Papa vai abrir na rede social Instagram, de partilha de fotografias e pequenos vídeos, este sábado, dia 19 de março, Festa litúrgica de São José.

O anúncio foi feito pelo prefeito da Secretaria para a Comunicação do Vaticano que explicou a revolução comunicativa de Francisco como sendo um “Papa Apple com interface simples e um sistema complexo, um homem de grande cultura que sabe explicar as coisas às crianças”.

O monsenhor Dario Viganò destacou que o Papa pode definir-se como “um perfeito contador de histórias”, ao referir-se às novas modalidades de comunicação por ele introduzidas.

“Francisco segue os grandes ensinamentos da Igreja mas, ao mesmo tempo, mudou muito o modo de comunicar o pontificado. Não apenas simplificando a figura do Papa mas também ao contar história e parábolas”, desenvolveu.

O prefeito da Secretaria para a Comunicação do Vaticano deu ainda no exemplo das homilias matinais na Eucaristia, na Capela da Casa de Santa Marta: “Entra nos sentimentos das pessoas através do Evangelho.”

O Papa recebeu o CEO do Instagram, em fevereiro, rede social onde o Vaticano já tem uma conta e partilha fotografias e vídeos.

“Falamos sobre o poder das imagens para unir as pessoas em diferentes culturas e línguas. Foi, de longe, uma das experiências mais memoráveis de minha vida”, escreveu Kevin Systrom, sobre a honra de conhecer Francisco, na rede social que dirige (propriedade do Facebook).

O Papa Francisco, de 79 anos, já assumiu não ser um assíduo utilizador da internet ou das novas tecnologias, mas sua conta no Twitter 26 milhões de seguidores e nos quase três anos de pontificado já hospedou no Vaticano dois encontros com o ‘Google Hangouts’, para o projeto educativo ‘Scholas Occurrentes’.

Na mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, em 2014, o Papa argentino escreveu que “a internet pode oferecer maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos e isto é uma coisa boa, é um dom de Deus”.

Monsenhor Dario Viganò falou ainda sobre a reforma dos media do Vaticano e disse que a plataforma digital pretende “repensar de forma unitária e de acordo com o modelo top-down para compreender quem são os utilizadores”.

“Faremos confluir num único portal os textos, a rádio e os vídeos. Começamos a fazer grupos de trabalho mistos para juntar as coisas boas que existem”, acrescentou, na apresentação do seu livro ‘Fedeltà e cambiamento – La svolta di Francesco raccontata da vicino’ – ‘Fidelidade e mudança – a reviravolta de Francisco contada de perto’, em Roma.

Cinco anos, é segundo o responsável, o tempo necessário para essa reforma e 2016 é “um ano importante” pela fusão de televisão e da rádio, “num único ‘Centro de Rádio e TV Vaticano’”.

“A ideia não é cortar, mas passar aos investimentos. Queremos que cada euro gasto tenha tanto a força comunicativa quanto a semente de missão apostólica”, concluiu o monsenhor Dario Viganò, divulgou a Rádio Vaticano.

CB/PR

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Agência ECCLESIA

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