Recordar São João Crisóstomo, nos 1600 anos da sua morte

A abordagem apaixonada que fazia da Igreja e a denúncia dos contrastes sociais entre ricos e pobres no Séc. IV foram aspectos da personalidade de São João Crisóstomo, apontados numa mensagem que Bento XVI escreveu por ocasião dos 1600 anos da morte do santo aos participantes no Congresso internacional que decorre em Roma, dedicado à figura de São João Crisóstomo. O Papa recorda que se deve a este sacerdote o encontro entre a mensagem cristã e a cultura helénica” e o compromisso de levar o ensinamento da Igreja às pessoas simples e aos dissidentes, pois, recordando o ensinamento de São João Crisóstomo referiu que um erro teológico se corrige com a moderação e a gentileza”. São João Crisóstomo viveu entre o Séc. IV e V. Foi bispo de Constantinopla, mas viveu uma parte da sua vida em Antioquia, actual Turquia, enquanto pregador da igreja. O seu discurso era caracterizado pelo compromisso cívico com os cristãos, recusando a agressividade e a defesa dos pobres, ao ponto de ser atacado pelos ricos e pelo poder político. O Bispo exortava os fieis ricos a praticar a caridade com os pobres, para construir uma cidade mais justa e recomendava que os mais instruídos ensinassem os cristãos. Enquanto Bispo de Constantinopla, promover a reforma do clero e encorajando os sacerdotes, através do seu testemunho, a viverem em conformidade com o Evangelho. Bento XVI lembra que São João Crisóstomo foi duas vezes condenado pelo imperador ao exílio, mas “o seu corajoso testemunho em defesa da fé eclesial” e “a sua generosa dedicação ao ministério pastoral” foram firmes. O Papa recordou ainda o convite que São Crisóstomo dirigia aos fieis, para que vivessem a liturgia sem “formalidades, mas com sinceridade e pureza de espírito”. Com Rádio Vaticano

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