Reclusos que sequestraram padre em Pinheiro da Cruz condenados a seis anos de cadeia

O Tribunal de Grândola condenou os dois reclusos que sequestraram um padre em 2006, na prisão de Pinheiro da Cruz, a pena única de 6 anos e 10 meses de prisão. O tribunal justificou a pena pelo crime de sequestro agravado e de uso e detenção de arma proibida pelos dois reclusos que durante quase 20 horas mantiveram sequestrado o padre Júlio Lemos, na altura capelão da cadeia de Pinheiro da Cruz. Na presença do padre Júlio Pereira, o tribunal deu como provada a maioria dos factos pelos quais os reclusos estavam a ser julgados, nomeadamente a existência de um plano para sequestrar o padre e a existência de uma faca e de um engenho explosivo fabricado pelos dois arguidos. No final da sentença, o padre Júlio Lemos não quis fazer comentários sobre a decisão do tribunal, afirmando que são “julgamentos humanos, que nunca são coerentes e nem nunca o que deviam ser”. “O mais importante de tudo o que aconteceu é que se consiga tirar lições de vida. A minha lição de vida foi confirmar a fé”, disse, comentando que “tudo acabou como acabou devido à união das pessoas”. O padre Júlio Lemos, 38 anos, actualmente na paróquia de S. Teotónio, no concelho de Odemira, disse que perdoou desde o início os dois homens e lembrou que chegou a fazer uma promessa, “de que iria beber um copo com eles”. Questionado pelos jornalistas se iria visitar os arguidos à prisão, o sacerdote disse que irá se se proporcionar, mas só depois de lançar o livro que está a preparar sobre o sequestro. A título de conforto para com os arguidos, o Pe. Júlio Lemos disse que “apesar de tudo o que aconteceu quero que eles encarem o futuro de forma diferente”. Redacção/Lusa Notícias relacionadas • Padre Júlio Lemos descreve as horas de sequestro

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