A reciclagem é já uma realidade implantada no Vaticano: um ano após o início da recolha diferenciada de lixo no pequeno Estado, 42% dos contentores para os resíduos são destinados a materiais recicláveis. Esta realidade confirma o crescimento da preocupação ecológica no Vaticano, particularmente visível no complexo fotovoltaico que foi instalado no tecto da sala Paulo VI: dos quase 5 mil metros quadrados de superfície da cobertura, cerca de 2 mil foram substituídos por painéis solares, enquanto que o restante é utilizado como tela para aumentar a quantidade de energia captada. O desafio é que o Estado da Cidade do Vaticano seja o primeiro na Europa a cumprir os objectivos europeus, que prevêem que até 2020 se obtenham de fontes renováveis pelo menos 20% da energia consumida. Quanto à reciclagem, a edição deste sábado do jornal vaticano “L’Osservatore Romano” explica que a viragem “ambientalista” da Santa Sé foi motivada pela “conveniência económica, além de ecológica, da recolha diferenciada”. O Vaticano produz em média seis toneladas de lixo por ano, que são recolhidas utilizando cerca de 120 mil sacos de polietileno preto e 100 mil sacos menores. A produção de lixo do Vaticano, no entanto, está fortemente vinculada ao fluxo de milhares de turistas que visitam diariamente o Estado, sobretudo em datas festivas. O artigo revela, por exemplo, que às Quartas-feiras, durante a audiência geral com o Papa, os detectores de metal do Vaticano recolhem o equivalente a 12 sacos plásticos de facas, tesouras e outros objectos considerados perigosos. FOTO: OR