Receitas medicinais dos monges cistercienses

Durante dois dias, o Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões recordou as receitas medicinais dos monges cistercienses. Nos dias 11 e 12 de Maio, realizou-se, naquele local, o III Encontro Cultural de S. Cristóvão de Lafões onde se concluiu que “os mosteiros foram os pais dos progressos da ciência moderna” – disse à Agência ECCLESIA Fátima Eusébio, professora da UCP – Viseu e elemento da Comissão Cientifica. Nesta iniciativa – subordinada ao tema «Mosteiro e Saúde: cerca, botica e enfermaria» – os oradores fizeram referência ao aparecimento das “primeiras farmacopeias de Portugal” e chegou à conclusão “que na base destas obras estavam os monges” – sublinhou. Ao longo dos séculos, os mosteiros desempenharam um papel, “não só importante em termos da saúde dos monges mas também para a população envolvente” – referiu Fátima Eusébio. E adianta: “a população recorria ao Mosteiro para adquirir determinados produtos, de acordo com as patologias que tinham”. Os mosteiros não tinham apenas os remédios espirituais mas também os medicamentos para curar as doenças. Alguns conferencistas fizeram também referência às orações que “se deviam fazer em função das diferentes patologias”. Por outro lado, fez-se também referência a algumas receitas e os componentes utilizados nos medicamentos. No espaço monástico utilizavam-se apenas “produtos naturais” – declarou aquele elemento da Comissão Científica. Existe uma profunda ligação entre a natureza e o mosteiro. “Um contributo fundamental para a saúde”. Este mosteiro cisterciense – “alguns estudos apontam que este foi o primeiro mosteiro de Cister em Portugal – acolherá no próximo ano, 9 e 10 de Maio, o IV Encontro que terá como temática «Mulher: espírito e hábito».

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