Reavivar as raízes cristãs da Europa

José Eduardo Borges de Pinho fala da visita do Papa ao Reino Unido e aborda as relações entre católicos e anglicanos

Para o professor de Teologia, da Universidade Católica, “a grande questão que está subjacente a esta visita, é contribuir para que o cristianismo seja capaz de propor a verdade que transporta consigo e de cumprir a sua missão de servir, com credibilidade e sentido prático, a verdadeira humanidade dos seres humanos e das comunidades que eles constituem”.

“O Papa quer alertar as consciências – em termos de razoabilidade humana e de sensibilidade cristã – para a urgência de se pensar e começar a construir um mundo novo – em termos de valores comuns, de liberdade e de justiça na convivência humana, de resposta solidária aos grandes desafios que o presente e o futuro nos apresentam”, acrescenta ainda o especialista em diálogo ecuménico, em entrevista à agência ECCLESIA.

Uma intenção que, para o professor, ficou bem explicita no primeiro discurso oficial de Bento XVI, em território britânico, dia 17, na visita à Rainha Isabel II, no Palácio Real de Holyroodhouse em Edimburgo.

Recorde-se que o Papa pediu para que “não se obscureçam os fundamentos cristãos” que sustêm as liberdades dos povos residentes no Reino Unido e fez um apelo para que esse património inspire o exemplo que o país “dá aos dois mil milhões de membros da Commonwealth e à grande família das nações de língua inglesa.

Alertou também para a influência de “formas mais agressivas de secularismo”, que nem sempre favorecem o respeito pelos valores tradicionais e pela cultura.

“As raízes cristãs que moldaram a cultura europeia não podem ser ignoradas sob pena de não sermos dignos de nós próprios como seres humanos” sublinha o professor Borges de Pinho, aludindo àquilo que o Papa também escreveu na encíclica “Caritas in Veritate”.

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