Reabriu Sé de Aveiro

“É difícil fazer obras em casa”, ouvia-se na introdução à celebração. A Sé é a casa de todos os paroquianos da Glória, mas também de todos os diocesanos de Aveiro. Por isso, a alegria e satisfação pelo fim das obras são sentimentos que extravasam os limites da paróquia da Glória. D. António Francisco, presidindo à primeira Eucaristia após quatro meses de fecho ao culto (de Outubro até finais de Março, as obras dificultaram, mas não impediram as celebrações), lembrou que o Papa Pio XI confirmou a Igreja de N.ª Sr.ª da Glória como igreja catedral, há 70 anos. Sendo “Igreja-mãe da Diocese”, “queremos [dela] cuidar e acompanhar com particular desvelo e carinho, com particular dedicação”, afirmou o Bispo de Aveiro, depois de notar que o dia 27 de Julho “há muitos meses era esperado” e de agradecer a “generosidade que as obras espelham”. D. António Francisco sublinhou que, “renovado o templo material”, o “cuidado pastoral com a comunidade” tem melhores condições para ser feito, seja através de sacramentos, celebrações, “iniciativas pastorais” ou da «simples» “oração de tantos que aqui entram”. No “meio da cidade”, a igreja é “sinal de bênção e luz”, “conforto e ânimo”, “silêncio e oração”. Numa nota final, o Bispo de Aveiro lembrou que o último Domingo de Julho é habitualmente usado pelas dioceses como dia de ordenações, havendo quatro em Viana do Castelo e três no Funchal, e anunciou que na “sóbria, digna e bela” Sé se Aveiro, no dia 17 de Agosto, será ordenado Johonny Freire. Será a primeira ordenação sacerdotal de D. António Francisco na Diocese de Aveiro. “Estou feliz porque sinto que toda a paróquia está feliz e orgulhosa” “Sei que este não é, nem pode ser, o trabalho mais importante de um pároco. Este tem que ser visto como um episódio de um trabalho bem mais profundo que eu gostaria e qualquer pároco gostaria de fazer. Renovar as pessoas, a paróquia”, afirmou o P.e Manuel João, no final da celebração. O pároco da Glória mostrou contentamento pela conclusão das obras e recordou o susto que as desencadeou: “Em Outubro de 2006 apanhei um susto quando me chamaram à Sé porque estava a cair muita água. Nesse momento assumi que não poderíamos esperar mais. Logo ali telefonei a alguém para me ajudar a solucionar, mesmo que pontualmente, algumas fragilidades. Era preciso receber o Sr. Bispo de Aveiro, recentemente eleito, com o mínimo de dignidade. Infelizmente, nem pudemos esconder essas lacunas no dia de tomada de posse [8 de Dezembro de 2006], porque choveu”. “Hoje estou feliz porque sinto que toda a paróquia está feliz e orgulhosa com estes melhoramentos. (…) Hoje somos uma paróquia melhor equipada e com capacidade para trabalhar na evangelização e construção do Reino de Deus, procurando o verdadeiro tesouro”, acrescentou. O Pe Manuel João realçou o empenho dos que mais se destacaram no planeamento e execução das obras (Eng.º Adelino, Arq.ª Emília, Arq.º Paulo Marinheiro e Eng.º David Leite) e da equipa de fiscalização e segurança (Eng.ºs Luísa Abreu, Giorgio, Maria João e Bernardo) e agradeceu à empresa que as executou (Antero Santos e Santos – que dias antes da abertura ofereceu a lavagem da fachada da Sé), bem como aos paroquianos. “Aceitaram o incómodo de viver quase um ano por entre poeira e em casa alheia. Foram de uma generosidade muito grande”, disse. O pároco notou ainda que numa fase posterior é necessário cuidar das talhas douradas, altares e imagens. “Gritam recuperação urgente”, afirmou. Ao Correio do Vouga, Pe. Manuel João informou que na Eucaristia as pessoas ofereceram 10 700 euros. No Domingo anterior faltavam 70 mil euros para saldar os 500 mil que as obras custaram. Com as ofertas que chegaram durante a semana (4700 euros) mais o ofertório da reabertura, falta angariar 54 600 euros. Notícias relacionadas Homilia da Eucaristia na abertura da Sé catedral

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Agência ECCLESIA

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