O Presidente da República, José Ramos-Horta, afirmou hoje no Parlamento Nacional que os timorenses “não aprenderam nada com o passado” e, num discurso comemorativo do referendo pela independência, teceu duras críticas à Fretilin. “O nosso ego tem sido sempre demasiado grande”, afirmou José Ramos-Horta perante os deputados e vários convidados estrangeiros. O discurso assinalou os oito anos sobre a consulta popular que, em 30 de Agosto de 1999, abriu caminho à independência de Timor-Leste, concretizada a 20 de Maio de 2002, após um período de transição de dois anos considerado “curto” por José Ramos-Horta. “Não aprendemos nada do passado e continuamos a cometer os mesmos erros que custaram muitas vidas no passado não distante”, declarou o Presidente da República. “Não soubemos construir pontes entre as gerações e diferentes camadas sociais, entre Díli e as zonas pobres do Timor-Leste interior, entre a elite governativa e a sociedade civil, em particular a Igreja”, considerou também o chefe de Estado. Redacção/Lusa