Rádios locais não querem a subsídiodependência

É fundamental que as rádios “estejam atentas às novas tecnologias”. Se tal não acontecer corre-se o risco “de não acompanhar a pedalada do progresso” – disse à Agência ECCLESIA Sousa Queirós, presidente da Associação de Rádios de Inspiração Cristã (ARIC) que realizou, dias 9 a 11 de Maio, o 20º Encontro Nacional de Rádios. A ARIC é constituída por 70 associadas e estiveram presentes mais de 30 rádios. A Rádio Gilão, em Tavira, foi a anfitrião deste encontro de reflexão que teve uma Assembleia Geral Extraordinária. “Aproveitamos para trocar impressões e ratificar algumas alterações aos estatutos” – sublinhou. «O papel das rádios locais na integração dos imigrantes» foi o tema de um dos painéis. Como Portugal recebe muitos imigrantes, “as rádios locais são aquelas que estão mais próximas do auditório”. E acrescenta: “A Rádio Gilão teve a experiência de programas para estrangeiros”. Em relação ao futuro, a ARIC terá um encontro com o Alto Comissariado destas questões “para acertar algumas agulhas”. “Colocamos as nossas rádios à disposição das entidades para reflectirem sobre alguns assuntos” – referiu. Sobre a relação entre as autarquias e as rádios locais, Sousa Queirós frisou que “nem sempre há pontos de vista uniformes”. As câmaras municipais consideram “as rádios locais meios privilegiados para a comunicação de proximidade, mas nem sempre dão grande apoio” – disse. Para garantir a independência de parte a parte, as rádios “não devem estar dependentes de subsídios, mas contratos de prestação de serviços” – realçou o Presidente da ARIC. A grande fonte de rendimentos deste meio de comunicação social é a publicidade. No entanto, esta “está a atravessar uma crise muito grave”. O Estado, através da legislação – a chamada publicidade institucional – “não tem disponibilizado verbas para esse efeito” – lamenta. E conclui: “Exige um esforço muito grande”. O próximo será no Norte, em Março ou Abril de 2009.

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Agência ECCLESIA

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