Rádios cristãs em alerta

Tiveram lugar nos passados dias 29 e 30 de Abril, as comemorações do 20º aniversario da estação emissora do Litoral Alentejano, a Antena Miróbriga, conjuntamente com o 15º aniversário da ARIC. Do programa fez parte a realização de mais um Encontro Nacional de Rádios Associadas da ARIC, que pela primeira vez se realizou fora das instalações da ARIC em Fátima, e que desta vez teve lugar em Vila Nova de santo André. Neste Encontro, contou com a presença de representantes de estações de rádio de norte a sul do país, incluindo as ilhas, que totalizaram 22 entidades associadas, superou em muito as expectativas inicialmente criadas, já que em termos de grupo de trabalho, o mesmo se mostrou coeso e interventivo, no que diz respeito às mais importantes questões que actualmente preocupam o sector. Contando com a presença do Presidente da Assembleia Geral da ARIC, Dr. Garcia Esparteiro, do Presidente da ARIC, Sousa Queirós e o Presidente da Antena Miróbriga, Ferrer de Carvalho, iniciaram os trabalhos do primeiro painel dedicado ao tema ” O Papel das Rádios Perante as Catástrofes Naturais”. Este painel contou com a presença do Dr. Alcino Marques, Comandante Distrital do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil que destacou as vantagens comparativas deste meio em relação aos restantes media e que se podem resumir em quatro pontos essenciais: informação rápida; esclarecimento; denuncia de situações e o carácter de preventivo. Sempre com base nestes pontos chave Alcino Marques, assinalou que “a rádio é um meio fundamental em termos de protecção civil”, já que “o cidadão tem direito à informação e o estado tem direito de informar”. Deste modo ” a informação pública deverá constituir um esforço planeado para vencer as dificuldades do fórum público”. Ainda dentro da mesma temática uma das questões mais debatidas foi uma antiga promessa governamental, que ainda hoje está por cumprir e que valorizaria o meio rádio, posicionando-o como meio fulcral perante as tragédias e catástrofes naturais. Esta questão prende-se com o facto de ainda hoje o Governo ter para cumprir um protocolo de distribuição de geradores de energia eléctrica de emergência às estações emissoras. Desta forma, ficaria facilitado o cumprimento cabal da sua missão de parceiros de informação de primeira linha perante catástrofes que poderão afectar o regular fornecimento de energia eléctrica às populações, originando assim quebras nas formas de comunicação tradicional. A filtragem da informação a divulgar, por parte dos Órgãos de Segurança e Socorro, e as barreiras criadas no acesso às fontes de informação perante um “cenário de crise” foi outro dos assuntos que suscitou bastante polémica. Tanto a propósito de um, como de outro, destes assuntos foi até sugerido que: ” Se cumprimos os nossos deveres, deveremos também exigir que o Estado cumpra o seu para connosco”. O segundo painel de discussão neste Encontro teve como tema principal: “As Rádios em Portugal – Situação Actual, Enquadramento Legal e a Rádio No Futuro”. Para este segundo painel, que como se esperava veio a ser muito mais polémico que o seu precedente, foi convidado o Dr. Ramos Pinheiro, Administrador do Grupo Renascença, que traçou com bastante fieldade o Estado da Nação para este meio de comunicação. A propósito desta temática e da comunicação do Dr. Ramos Pinheiro, a maioria dos presentes teve uma palavra a dizer pois este era um tema de inequívoca actualidade. A Nova Entidade Reguladora e o seu esquema de financiamento, foi só o tema de partida para uma discussão acesa e para a reafirmação de posições por parte da associação como um todo. A ideia de que: “se não há prestação de serviços, então porque é que a taxa que a nova Entidade quer cobrar aos agentes, não se chama simplesmente de imposto, já que não há transacção subjacente…”, ilustrou bem o desagrado dos agentes presentes neste encontro. A recente Lei das Quotas de passagem de Música Portuguesa, foi outro dos dos assuntos que reuniu consensos e que mais uma vez, segundo os participantes, veio demonstrar um profundo desconhecimento do meio por parte de quem advoga através desta Lei, a defesa da música portuguesa e não meramente a defesa dos agentes da indústria fonográfica. Apesar de tudo, nem só de problemas, o meio rádio é caracterizado e como tal foram também sublinhados neste encontro, alguns dos factores distintivos que possibilitam que cada vez mais se potenciem as vantagens comparativas. “A Rádio gera confiança e credibilidade”; “A portabilidade da Radio”; ou o facto de ” A Rádio ser o melhor meio de memorização da mensagem publicitária”, foram apenas algumas das mensagens que ficaram na mente de todos aqueles que seguiram com atenção este segundo painel e que tiveram como corolário a possibilidade de questionar os elementos da mesa, sobre como pode a “rádio tornar-se mais útil aos seus ouvintes”. Este Encontro Nacional de Rádios contou, na sua sessão de encerramento, para além da presença do Senhor Presidente da autarquia anfitriã, Dr. Victor Proença e com a presença da Senhora Presidente do Instituto da Comunicação Social, Dr.ª Teresa Ribeiro, que através da sua intervenção, e em representação do Sr. Ministro da Tutela, perspectivou algumas novas pretensões por parte do Estado para apoiar a actividade. Antena Miróbriga e Associação de Rádios de Inspiração Cristã

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Agência ECCLESIA

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